Quer investir em carne cultivada? Ser um investidor requer boas informações sobre o mercado em que deseja atuar, por isso, hoje falaremos sobre o mercado de carne cultivada, que está atraindo diversos investidores: recentemente a Multus Biotechnology LTD levantou £1,6 milhões para um soro que maximizará o crescimento celular das carnes cultivadas, reduzindo seus custos de produção, além disso, a marca Gourmey que produz foie gras cultivado levantou US$ 10 milhões. Sabendo disso, que tal conhecer um pouco mais sobre esse mercado e seus investimentos? 

A demanda por carne continuará a crescer a medida que a população aumenta, porém, o mundo não consegue produzir carne suficiente através da criação de animais. É aí que os investimentos em alternativas à carne animal brilham. 

Apesar da proteína alternativa ainda ser um mercado que está em sua fase inicial, o setor está em crescimento e já existem muitas possibilidades para investir! Alguns dos exemplos de sucesso nessa área são a Beyond Meat e a Impossible Foods, já demos aqui no Vegan Business quatro motivos para investir na Beyond Meat, apontando seus resultados do ano passado e também mostramos os resultados de 2021. 

Por que investir no mercado de carne cultivada? 

A carne cultivada é uma fonte de proteína que continua sendo carne de origem animal, porém, é feita de uma maneira indolor. O processo de produção é através da colheita de amostras de células por biópsia, depois, são isoladas em ambiente aquoso com substâncias para se proliferarem e, após isso, as células são colocadas em um fermentador ou biorreator. 

Logo, os consumidores não precisam se adaptar ou achar produtos semelhantes no mercado e isso confere a possibilidade de adoção em massa por parte da população. Essa questão diferencia a carne cultivada dos players Beyond Meat e Impossible Foods (que oferecem proteínas plant-based). 

Algumas informações importantes sobre essa questão estão no relatório da RethinkX que apontou: “Prevemos que o número de vacas nos EUA cairá 50% até 2030 […] Em 2035, o número de vacas terá diminuído 75%”. Também relatou: “A carne à base de células pode ter uma vantagem distinta da perspectiva do consumidor porque é carne animal. Conceitualmente, os consumidores podem se sentir mais confortáveis com isso”. 

Um estudo da Kearney também citou: “A participação de mercado da carne convencional diminuirá em favor da carne cultivada e de seus substitutos. A biotecnologia também afetará a indústria de alimentos no que diz respeito ao leite, ovos, gelatina e peixes”. Além disso, segundo a McKinsey o mercado de carne cultivada pode atingir US$ 25 bilhões até 2030.

Conheça alguns players desse mercado

Agora que você já conhece um pouco sobre as possibilidades desse mercado, que tal conhecer mais players que atuam nesse setor?

O  crunchbase, plataforma de informações comerciais e públicas, dá detalhes sobre algumas empresas de carne cultivada e o total de investimentos levantados por elas:

Somadas, essas cinco empresas levantaram cerca de US$ 594 milhões. 

Riscos de investir em carne cultivada

Se você já é um investidor deve saber que para tudo existe um risco e, apesar do mercado e das possibilidades serem promissoras, a carne cultivada não está isenta deles. Segundo o relatório da McKinsey, que falamos em uma matéria, diversos fatores podem influenciar para a carne cultivada se tornar uma grande indústria.

Os fatores a se considerar são: aceitação do consumidor, a posição de custo do produto (é necessário lembrar que as empresas de carne cultivada ainda estão tentando reduzir seus custos para a comercialização), a resposta política (os países precisam aprovar a comercialização do alimento), o fornecimento (ou seja, ter escala para produzir o produto) e também é necessário considerar os riscos do negócio, como a saúde, segurança, empregos e possíveis efeitos econômicos em cascatas. 

Lembrando que a matéria não é uma recomendação de investimentos e, sim, visa trazer informações relevantes desse mercado para você, como investidor, avaliar se quer adicionar essas empresas no seu portfólio.

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*Imagem de capa: Pexels

Por Amanda Stucchi em 29 de julho
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