Você sabia que a Eat Just, marca de ovo plant-based, prevê uma valuation de US$ 3 bilhões em seu Inicial Public Offering (IPO)? Esse valuation representa um aumento, já que no ano passado a Bloomberg estimou o valor da empresa em US$ 2 bilhões. Mas, já falamos aqui no Vegan Business que a Eat Just estava considerando abrir seu capital. 

O co-founder e CEO da empresa, Josh Tetrick, revelou em agosto do ano passado que pretendia abrir o capital antes do final de 2021, e que suas vendas foram impulsionadas durante a pandemia do coronavírus (ao contrário do que ele esperava), pois mais pessoas estavam cozinhando em casa. Ele também havia dito em uma entrevista que, assim que a Eat Just atingisse a lucratividade operacional, iria conversar internamente, com o conselho e os stakeholders para abrir o IPO. Em informações atualizadas, uma fonte disse à Forbes que a empresa abrirá o seu capital no quarto trimestre de 2021 (outubro a dezembro) ou no início do próximo ano

Além disso, em março desse ano, a Eat Just levantou US$ 200 milhões em novos investimentos, e a rodada foi liderada por Qatar Investment Authority (QIA), com participação de Charlesbank Capital Partners e Vulcan Capital. Também falou à imprensa que levaria seu produto de ovo plant-based a “mais milhões” de lojas de varejo e serviços de alimentação em 2021. 

Good Meat, a carne cultivada com células da empresa

A Good Meat é a divisão de carne cultivada da empresa, e levantou US$ 170 milhões em junho. Foi dito que o investimento será utilizado para “para aumentar a capacidade e acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de carne real, de alta qualidade, sem abate”, segundo um comunicado à imprensa. 

Também é interessante ressaltar que essa carne já foi apreciada pelos consumidores no restaurante 1880, de Cingapura, o único país em que se pode comercializar esse tipo de carne. Josh Tetrick, disse à imprensa: “Esta etapa histórica, a primeira venda comercial de  carne cultivada, nos leva mais perto de um mundo onde a maioria da carne que comemos não exigirá a derrubada de uma única floresta, deslocando o habitat de um único animal, ou usando uma única gota de antibióticos”.

Sobre a marca de ovo plant-based Eat Just

A marca de ovo plant-based Eat Just foi fundada em 2011, por Josh Tetrick e Josh Balk, nos Estados Unidos. Anteriormente tinha o nome de Beyond Eggs e depois Hampton Creek Foods, até chegar ao nome de Eat Just.

A empresa possui um relatório de impacto, no qual anuncia que, em março de 2021, atingiram 100 milhões de ovos plant-based vendidos. É dito: “Nosso JUST Egg, à base de plantas, usa 98% menos água, tem uma pegada de carbono 93% menor e usa 86% menos terra do que as fontes animais convencionais”, em uma comparação, a Eat Just economizou mais de 14 milhões de kg de CO₂ e mais de 5.900 acres de terra, bem como 3,6 bilhões de galões de água. Interessante, não é? 

No entanto, é necessário fazer algumas ressalvas sobre a empresa para quem deseja investir, pois, segundo informações de junho de 2021 do veículo The Guardian, a empresa está com algumas pendências financeiras. 

O proprietário da sede da Eat Just, 2000 Folsom Partners LLC, entrou com uma ação judicial, em março, dizendo que o aluguel não estava pago e reivindicou US$ 2,6 milhões. Já em abril, a FedEx também processou a empresa, alegando que a Eat Just não quitou US$ 72.863 em contas de entrega. Além dessa questão, a Archer-Daniels-Midland Company também processou a empresa, em julho, no valor de US$ 15 mil, declarando que ela não tinha pago uma conta de 2019 referente a sementes de cânhamo.

O artigo investigou essa questão nos registros dos tribunais e descobriu que, até o momento da publicação, somente a conta do FedEx havia sido paga. Apesar disso, o chefe de comunicações, Andrew Noyes, alega o contrário, falando que haviam pago todas as contas e só estavam com pendências no aluguel. 

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*Imagem de capa: Divulgação Eat JUST / via Plant Based News

Por Amanda Stucchi em 7 de julho
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