Você sabe qual é a diferença entre plant-based e cell-based? No mundo da alimentação, existem diversos termos que nem todas as pessoas conhecem, porém, vamos diferenciá-los!
A diferença entre plant-based e cell-based
Basicamente, plant-based é derivado de plantas, enquanto o cell-based vêm das células de animais.
Como já falamos aqui, a palavra plant-based foi apresentada pelo Dr. T. Colin Campbell na década de 1980 com o objetivo de definir uma dieta com baixo teor de gordura e alta quantidade de fibras vegetais, ou seja, esse tipo de alimentação se foca na saúde ao adicionar mais alimentos vegetais e evitar os produtos de origem animal.
Assim, os produtos plant-based se focam na inclusão de ingredientes ou insumos de origem vegetal. Apesar de ser um termo utilizado pela indústria para descrever produtos veganos não são a mesma coisa, já que os produtos veganos excluem ingredientes de origem animal por motivos éticos.
Como exemplo, podemos falar sobre as carnes à base de plantas: conforme uma pesquisa da Markets and Markets, as carnes plant-based atingirão o valor de US$ 8,3 bilhões até 2025, crescendo a um CAGR de 14%, o relatório avaliou os análogos a carne bovina, frango, porco, peixe e outros tipos.
No caso dos alimentos à base de células, por serem derivado das células de animais, continuam tendo origem animal, mas são feitos sem causar a morte desses seres vivos. Entretanto, aqui existe a questão do soro fetal bovino (utilizado para o crescimento celular), produto que é derivado de crueldade animal e muito caro na indústria, mas, empresas já estão disponibilizando alternativas para essa substância.
O processo de criação da carne cultivada funciona dessa maneira:
- Amostras de células animais são colhidas por meio da biópsia.
- Há o isolamento das células em um ambiente aquoso com substâncias para se proliferarem.
- As células são adicionadas em um fermentador ou biorreator.
Dessa forma, o produto é criado.
O primeiro hambúrguer cultivado foi apresentado por Mark Post em 2013 e tinha um custo estimado em US$ 375 mil, as empresas conseguiram reduzir os custos e, agora, um hambúrguer da Mosa Meat (empresa de Mark Post e Peter Verstrate) custa aproximadamente € 9, mostrando a grande diferença de valores.
Apesar disso, as carnes cultivadas — diferente dos análogos à base de plantas — não estão disponíveis em muitos países. A questão é que deve haver a aprovação regulatória para poder vender esses alimentos e, até agora, somente Cingapura permitiu a venda da carne cultivada, sendo que no dia 19 de dezembro de 2020, as pessoas puderam experimentar a carne cultivada da Eat Just no restaurante 1880.
Aqui no Brasil, a previsão é que a carne cultivada chegue entre 2024 e 2025, a partir de uma parceria entre a BRF e a Aleph Farms.
Exemplos de empresas brasileiras
Vamos falar de exemplos brasileiros!
Aqui temos a Fazenda Futuro — empresa de carnes plant-based, fundada por Marcos Leta — com um portfólio extenso, como: hambúrguer, carne moída, almôndega, linguiça, frango, entre outros. Atualmente, a empresa já está presente em 25 países!
Temos também uma startup de carne cultivada: a Ambi Realfood, criada pela fundadora Bibiana Matte, foi a primeira empresa brasileira nesse segmento.
Gostou de conhecer a diferença entre plant-based e cell-based? Aproveite e leia também:
Mercado de carne cultivada com células poderá atingir US$ 25 bilhões
Quer investir em carne cultivada? Conheça mais sobre o mercado
Relatório investiga aceitação da carne cultivada
*Imagem de capa: Pexels
Compartilhe: