Uma pesquisa feita pela Kerry, empresa voltada a indústria alimentícia, teve a participação de mais de 1.500 consumidores de quatro países diferentes: Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália para identificar as expectativas sensoriais que eles tinham a respeito de hambúrgueres plant-based e queijos alternativos. 

O estudo, elaborado em 2022, acabou descobrindo o seguinte: os flexitarianos — grupo de consumidores que reduzem os alimentos de origem animal — são considerados mais críticos em relação aos produtos vegetais do que os consumidores veganos e vegetarianos. 

Logo, apesar da sustentabilidade ser um impulsionador nesse mercado, os consumidores não desejam comprometer o sabor, por isso, buscam produtos que sejam o mais próximo possível da experiência dos alimentos de origem animal. 

Fiona Sweeney, diretora de marketing estratégico da Kerry, comentou no comunicado

“O consumidor flexitariano, o principal grupo de consumidores que impulsiona o crescimento da categoria de alimentos à base de plantas em todo o mundo, está tentando ativamente reduzir seu consumo de carne e laticínios. No entanto, como eles ainda consomem carne e laticínios, suas expectativas de sabor à base de plantas são impulsionadas por essas experiências. No geral, nossa pesquisa descobriu que os flexitarianos são mais críticos em relação aos produtos à base de plantas atualmente disponíveis no mercado. Oferecer um sabor excelente, juntamente com credenciais de nutrição e sustentabilidade aprimoradas, será a chave para o sucesso nesta categoria”. 

Outras descobertas sobre o consumidor de produtos plant-based nos quatro países

A empresa descobriu o seguinte sobre os consumidores de produtos plant-based nos países pesquisados:

Brasil 

Foi descoberto que no Brasil um total de 67% dos consumidores continuam comprando produtos à base de plantas, pela razão de desejar melhorar a própria saúde ou de seus familiares. Ademais, 88% afirmaram que tem propensão de comprar um hambúrguer vegetal descrito como tendo sabor grelhado autêntico.

Estados Unidos 

No país, 63% dos consumidores começaram a ingerir produtos plant-based porque acreditam que são melhores para o planeta, sendo que 80% afirmaram que provavelmente comprariam um hambúrguer à base de plantas considerado rico e saboroso. 

Reino Unido 

Na região, um total de 60% dos consumidores começaram a se alimentar de produtos à base de plantas porque são considerados mais saudáveis, sendo que 76% compraria um hambúrguer vegetal descrito como tendo sabor grelhado autêntico. 

Austrália 

Nesse local, 51% dos consumidores continuam comprando produtos à base de plantas por conta do impacto ambiental. Além disso, 78% disse que espera que um hambúrguer vegetal doure durante a fritura e seja delicioso. 

Para ler os e-books com as pesquisas de cada país, acesse: Stepping Up Taste in Plant Based (em inglês). 

Os benefícios da alimentação à base de plantas 

Como pudemos perceber, muitos dos consumidores de produtos à base de plantas priorizam esses alimentos por serem considerados mais saudáveis do que os de origem animal, bem como pelo fator da sustentabilidade.

Para ter uma ideia, já falamos aqui no Vegan Business sobre nove benefícios dessa dieta: manter a saúde cardiovascular e do cérebro, reduzir a pressão arterial, melhorar o colesterol, prevenir a diabetes tipo 2, auxiliar na redução de peso, minimizar o risco de AVC, diminuir o risco de câncer e até aumentar a expectativa de vida. 

Para colher os benefícios, é necessário lembrar de seguir uma dieta saudável, por exemplo, evitando alimentos com muito sódio e açúcar e priorizando legumes, vegetais, frutas, grãos integrais e óleos saudáveis.

Também já falamos sobre um estudo publicado na Nature Food, ali os pesquisadores indicaram que se as nações mais ricas adotassem uma dieta à base de plantas poderiam reduzir as emissões de gás carbônico em até 61%. 

Esses são só alguns dos benefícios de adotar uma dieta plant-based equilibrada, tanto para a própria saúde quanto para nosso planeta. 

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*Imagem de capa: Pexels 

Por Amanda Stucchi em 16 de maio
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