Você sabia que 52% dos estadunidenses acreditam que o futuro da alimentação é plant-based? É isso que descobriu uma pesquisa da empresa The Harris Poll, encomendada pela Alpha Foods, que oferece comidas à base de plantas.
Além disso, quem já possui uma dieta à base de plantas concorda ainda mais com essa afirmação, com um total de 61%.
O futuro da alimentação é plant-based
É afirmado que 51% dos estadunidenses tentaram ou gostariam de tentar uma dieta flexitariana (ou seja, seguir uma dieta vegetariana na maior parte do tempo e ocasionalmente comer carne), a maioria desse público é a geração mais jovem, com geração Z (59%) e a do milênio (56%).
Além disso, 35% se consideram curiosos por uma dieta à base de plantas — os números aumentam novamente para a Geração Z (46%) e os milênios (41%). Também foi informado que 66% dos participantes tentaram uma dieta à base de plantas, com o maior alimento consumido sendo as alternativas ao leite.
Mais detalhes sobre a pesquisa
O relatório também constatou que as pessoas latinas (78%) e negras (74%) tinham maior probabilidade de testar alimentos à base de plantas, contra a média geral estadunidense de 66%. Foi constatado que esses grupos tinham maior probabilidade de testar esses alimentos em um cenário social.
Vale dizer que o cenário social é um espaço onde a população geral dos EUA dá preferência para testar esses alimentos: 88% diz que quer testar comida à base de plantas ao socializar, seja em um jantar, evento de trabalho ou em um restaurante mais chique.
A possível barreira para quem testa os alimentos com base vegetal é o sabor, entretanto o relatório demonstrou que 63% das pessoas que experimentaram esses alimentos gostaram mais do sabor do que pensaram que iriam gostar.
Outra descoberta interessante é que quem segue uma dieta à base de plantas é mais provável do que pessoas com outros tipos de dietas a priorizar a saúde física, mental e o envolvimento com sua comunidade de maneira regular.
Essas pessoas possuem uma tendência maior a apoiar empresas locais, pequenas ou de propriedades de minorias, participar em movimentos de justiça social e trabalhar para reduzir o desperdício ocasionado do próprio consumo.
Também é destacado que 83% das pessoas com uma dieta à base de plantas deseja manter ou aumentar seu consumo de vegetais no próximo ano.
Estigma por comer determinados alimentos
Sofrer estigma ou ser julgado pelo que se alimenta nunca é uma boa experiência.
Infelizmente, essa situação ainda acontece muito.
Conforme o relatório, a geração Z (82%), mulheres (73%) e os latino-americanos (73%) têm maior propensão a modificar sua dieta devido ao estigma. Ainda, a geração milênio (44%), geração Z (40%), e os latino-americanos (46%) têm mais tendência a afirmar que não foram a um evento social para evitar julgamento.
Pensando nessa questão, é dito que 75% das pessoas não desejam rotular os alimentos que comem sob uma dieta específica, os participantes estão buscando mais flexibilidade e inclusão nesse quesito.
“Julgamento e estigma alimentar são abundantes em nossa cultura, como mostra este relatório, e estamos procurando lugares de inclusão, conexão e conforto — algo que alimentos e refeições têm feito por nós ao longo de gerações — unindo as pessoas”, contou Cole Orobetz (CEO e co-fundador da Alpha Foods), que se considera flexitariano.
Para ler o relatório completo é possível acessar: America’s plant-based craving.
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*Imagem de capa: Unsplash