Após tantas estatísticas favoráveis a respeito do mercado plant-based, muitas empresas já começaram a criar mais produtos veganos para atender a essa demanda dos consumidores. Um exemplo que denota a importância desse mercado são as informações do relatório do Credit Suisse, que diz que a indústria plant-based será 100 vezes maior em 2050. O CEO da empresa de alimentos Cargill, David MacLennan, está atento a essa mudança na preferência de consumo do público e fez uma previsão dizendo que a proteína vegetal irá reduzir significativamente a venda de carne de origem animal.
Segundo declaração de MacLennan à The Beet: “Nossa análise é que entre três e quatro anos o uso de plantas representará, talvez, 10% do mercado. Somos um grande produtor de carne bovina e isso é uma grande parte de nosso portfólio”. A Cargill, em 2020, também anunciou uma linha de produtos plant-based na China, com lançamento em junho, em parceria com a marca PlantEver, que incluiu nuggets à base de plantas e hambúrgueres. Depois do sucesso desse lançamento, realizou uma parceria com a empresa Lawson, do Japão, apresentando vieiras veganas e frango plant-based.
Outra revelação do CEO foi feita na Convenção da National Grain and Feed Association, onde disse que a Cargill está pesquisando alternativas de proteínas usando o milho como base, a empresa também planeja competir com a Impossible Foods e a Beyond Meat. Em um comunicado ao Food Navigator, a empresa falou que a proteína de milho é uma excelente proteína para alternativas de carne porque tem um ótimo perfil de sabor neutro e um desempenho verdadeiramente bom.
Vale destacar também uma parceria estratégica que a Cargill fez com a PURIS Food, nomeada uma das companhias de comida mais inovadoras de 2021 pela Fast Company Magazine, com o objetivo de ser a maior distribuidora e fabricante dos Estados Unidos de proteína de ervilha.
Exemplos de outras empresas
Entretanto, não é só a Cargill que está percebendo a importância do mercado plant-based. Existem outros exemplos, como a da Nestlé, que anunciou em 2020 que lançaria uma fábrica de US$ 100 bilhões na China para fazer alimentos à base de vegetais, por conta da demanda crescente por esse tipo de alimentação. Porém, desde 2017 a Nestlé está no mercado plant-based, já que adquiriram a Sweet Earth, uma empresa de proteínas à base de plantas, e também lançaram o Awesome Burger e outros produtos para rivalizar com os principais players do mercado, como a Impossible Foods e a Beyond Meat.
Outras empresas são a Tyson Foods, que lançou uma linha de alimentos vegetais, chamada Raised & Rooted, e os fast-foods KFC e o MCDonald’s que buscam alternativas à base de plantas.
Sobre a Cargill
A Cargill existe a mais de 155 anos e está presente em 70 países. A empresa foi fundada em 1865 pelo William Wallace Cargill, com o objetivo de ajudar os agricultores a prosperarem, conectar os mercados e trazer aos consumidores os produtos que eles desejavam. Em 2003 a empresa obteve um faturamento que ultrapassou US$ 1 bilhão e, mais recentemente, comemorou seus 150 anos em 2015.
Aproveite e leia também:
A micoproteína feita de batatas da The Better Meat Co.
Bioeconomia pode levar o Brasil a liderar a produção global de proteínas alternativas
*Imagem de capa: Divulgação Cargill / via Gazeta do Povo