A ProVeg International abriu um escritório na China, localizado em Xangai, visando promover dietas plant-based, inovação e comércio de alimentos baseados em vegetais e também a facilitação da troca internacional relacionada a essas atividades, conforme apontou a instituição essa é a primeira vez que uma ONG Internacional focada em apoiar dietas plant-based abre um escritório no país. 

O escritório na China da ProVeg 

A aprovação foi concedida pelo Conselho para Promoção do Comércio Internacional em Xangai e pelo Escritório Administrativo de ONGs Estrangeiras do Bureau de Segurança Pública de Xangai. 

“Estamos muito satisfeitos por poder abrir um escritório em Xangai e trabalhar mais de perto na China, promovendo os benefícios das dietas à base de plantas, bem como destacando os benefícios ambientais e as oportunidades comerciais oferecidas por produtos plant-based e alternativas à carne cultivada”, afirmou Sebastian Joy, fundador e CEO da ProVeg em um comunicado.

“A abertura do novo escritório nos permite promover a nova economia de alimentos verdes e estabelecer torca em torno de alimentos à base de plantas e carne cultivada entre a China e os setores internacionais. Os consumidores chineses são sofisticados e exigentes nos sabores e texturas dos alimentos. Espero que eles sejam o principal impulsionador da inovação revolucionária aqui e além”, afirmou Shirley Lu, diretora-gerente da ProVeg na Ásia. 

A instituição já realizou ações no país, como o ASEAN Innovation Challenge em 2021, voltado para promover a inovação de alimentos plant-based, bem como a conferência New Cuisine, realizada em novembro de 2021, voltada para informar os profissionais de food service e oferecer habilidades para os mesmos realizarem escolhas alimentares mais sustentáveis e serem pioneiros nas tendências futuras baseadas em vegetais. 

Nesse ano, a ProVeg também realizará pesquisas de mercado no país como parte do projeto Smart Protein em colaboração com a União Europeia, a depender da aprovação do Conselho para Promoção do Comércio Internacional. Dessa forma, compreenderão as atitudes dos consumidores com relação a esses alimentos, identificando fatores para desenvolver produtos e avaliando o potencial de mercado em cada categoria. 

O plano agrícola do país 

No início do ano, o país publicou seu plano agrícola oficial que inclui as carnes cultivadas e alimentos plant-based no documento. Com duração de cinco anos, esse plano poderá resultar em mais investimentos para pesquisas no setor e também na aceleração do cronograma de aprovação regulatória da carne cultivada.  

Para o Times, Josh Tetrick (CEO da Eat Just) compartilhou desse pensamento informado que o plano poderá acelerar o cronograma de aprovação regulatória da carne cultivada, impulsionar pesquisas e investimentos na indústria das proteínas alternativas e fazer com quem o consumidor aceite melhor esses alimentos. 

Vale destacar que a China já tem uma empresa que afirma ser a  primeira startup a realizar a pesquisa e desenvolvimento de carne cultivada no país, chamada Joes Future Food que levantou 70 milhões de renminbi (US$ 10,9 milhões) em uma rodada da Série A. 

Ademais, conforme o The Guardian noticiou em 2016, o governo do país planejou reduzir o consumo de carne de seus cidadãos pela metade, pensando nisso, as diretrizes alimentares feitas pelo Ministério da Saúde da China recomendam que a população consuma entre 40g e 75g de carne por pessoa por dia. Essas medidas são lançadas uma vez a cada 10 anos, com o objetivo de melhorar a saúde publica e também cortar as emissões de gases de efeito estufa. 

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*Imagem ilustrativa de capa: Unsplash

Por Amanda Stucchi em 27 de junho
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