Um relatório do Kerry Group, empresa de alimentos, chegou a conclusão de que 61% dos consumidores preferem as proteínas à base de plantas. Já as proteínas de origem animal tiveram 50% de predileção, estando abaixo do número das proteínas vegetais. 

O estudo foi feito em 2021, com o objetivo de investigar as preferências dos consumidores com relação às proteínas. Teve a participação de mais de 6 mil consumidores que viviam em 12 países localizados na América do Norte, Ásia-Pacífico, América Latina e Europa. 

O público escolhido para participar da pesquisa foram pessoas que são preocupadas com a saúde e o bem-estar, bem como quem prioriza comidas e bebidas com proteína ao comprar determinado produto. 

Segundo a empresa, o interesse do consumidor por proteínas começou a surgir na última década, devido à vontade de ser proativo com a nutrição de seu corpo. Dessa forma, esse elemento ficou no topo da lista das prioridades do público. 

Além disso, um fator que impulsionou o interesse pela saúde e bem-estar foi o coronavírus, fazendo com que o consumo de proteínas aumentasse. Os consumidores associam a inclusão de proteínas na dieta com saúde, energia, imunidade, músculos, controle de peso, entre outros.

Os participantes também demonstram que pagariam 10% a mais por um alimento ou bebida fortificado com proteínas. Entretanto, na América Latina a maioria (41%) prefere pagar 5% a mais. 

As proteínas à base de plantas

“Produtos emergentes de alimentos e bebidas à base de plantas cresceram significativamente em termos de apelo público. Os consumidores aceitam as plantas como fonte de proteínas sustentáveis e éticas”, afirmou o relatório. 

Existe um grande apelo pelas proteínas vegetais na Europa e na Ásia, enquanto essa tendência também está crescendo entre os latino-americanos e norte-americanos. 

Um dos grandes fatores para esse crescimento é a sustentabilidade, enquanto o sabor das proteínas lácteas também impulsionam o mercado. 

Vale notar que o grau de familiaridade que um consumidor tem de determinada proteína interfere em sua percepção nutricional. Portanto, algumas pessoas consideram que uma proteína é menos nutritiva do que a outra, simplesmente porque não conhecem o alimento de forma suficiente. 

O estudo afirmou que as proteínas de girassol, cânhamo, canola, chia, fava e arroz, possuem grande potencial para serem utilizadas em produtos inovadores, mas é necessário conscientizar o consumidor. 

Para ler a pesquisa completa, acesse: The Protein Mindset (em inglês). 

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Há outras pesquisas que também indicam uma mudança na preferência do consumidor. 

O projeto Smart Protein, realizado pelo ProVeg International em parceria com a Innova Market Insights, University of Copenhagen e a Ghent University, demonstrou que 46% dos europeus reduziram o consumo de carne. 

A empresa de pesquisa The Harris Poll também realizou um estudo, encomendado pela Alpha Foods, chegando a conclusão de que 52% dos estadunidenses creem que o futuro da alimentação é plant-based, enquanto 51% gostariam de tentar ou já tentaram uma dieta flexitariana. 

Já aqui no Brasil, o Euromonitor afirmou que o consumo de alimentos à base de plantas cresceu quase 70% em 5 anos. Para ter uma ideia, no ano passado o valor de venda desses alimentos ficou em US$ 82,8 milhões. 

Isso tudo demonstra a força desse segmento, uma tendência na atualidade. 

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Por Amanda Stucchi em 5 de janeiro
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