A Dinamarca lançou o fundo Plantefonden, traduzido literalmente como fundo de plantas, com o objetivo de investir 675 milhões de coroas dinamarquesas (US$ 100 milhões) nos alimentos plant-based, reservando a quantia até o ano de 2030. 

O montante será destinado a apoiar o desenvolvimento de negócios e produtos, promovendo a inovação, vendas, exportações e a educação sobre esse setor.

“Como dinamarquês e investidor no mercado plant-based, me sinto muito feliz em ler uma notícia dessas. Espero que essa iniciativa do Governo Dinamarquês possa inspirar outros governos para fomentar o mercado plant-based e, assim, criar um mundo mais sustentável para todos nós e com menos crueldade animal”, comentou Christian Wolthers, fundador do Vegan Business.  

Fundo para alimentos plant-based na Dinamarca 

Quem fará parte do conselho será a Danish Plant based Business Association, um porta-voz do país para os negócios que importam, fabricam e/ou comercializam alimentos à base de plantas, com frentes de trabalho voltadas para advocacia política, serviços para membros, bem como conhecimento e pesquisa. A instituição auxiliará o governo com conselhos sobre como o investimento deverá ser alocado. 

“O calcanhar de Aquiles da indústria é que o mercado é muito pequeno, portanto, trabalharemos para garantir que os valores do fundo sejam usados ​​principalmente para o desenvolvimento do mercado”, destacou Frederik Madsen, chefe do secretariado da associação.

A ação segue um anúncio feito no ano passado, na qual o governo se comprometeu a criar o fundo para produtos plant-based, além de investir em uma estratégia focada nas proteínas verdes e pagar um bônus para agricultores que cultivam proteínas vegetais voltadas para o consumo humano.

Rune-Christoffer Dragsdahl, secretário-geral da Sociedade Vegetariana da Dinamarca, falou ao The Good Food Institute na época do acordo: 

“Este acordo agrícola vai criar milhares de empregos no setor de base vegetal. Se mais fundos forem reservados posteriormente como parte das negociações em andamento sobre o investimento em pesquisa, poderemos ver dezenas de milhares de novos empregos”. 

Conforme o Vegconomist, 6 em cada 10 dinamarqueses responderam concordar que o país deveria assumir a liderança para ser o melhor na produção de alimentos à base de plantas. 

Europeus estão tirando a carne do prato 

Uma pesquisa do projeto Smart Protein, elaborado pela ProVeg International em parceria com a Universidade de Copenhagen, Innova Market Insights e a Universidade de Gante, revelou no final do ano passado que 46% dos europeus já reduziram seu consumo de carne. 

O estudo contou com participantes da Dinamarca, Holanda, Áustria, Alemanha, Espanha, França, Itália, Polônia, Reino Unido e da Romênia, tendo resultados de mais de 7.500 pessoas. Desse número, 7% seguiam uma dieta plant-based e 30% uma dieta flexitariana (pessoas que reduzem o consumo de proteínas animais). 

Outro destaque da pesquisa foi que quase 30% tinham o objetivo de consumir mais laticínios e carnes vegetais, logo, podemos ver o interesse da população por esses alimentos. 

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*Imagem de capa: charlieontravel.com | CC BY 2.0 / via Flickr

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