O Grupo Kering não utilizará mais peles de animais. 

Composto por marcas de luxo como a Gucci, Saint Laurent, Bottega Veneta, Balenciaga, Alexander McQueen, entre outras, a empresa declarou que a partir da coleção de outono de 2022 não irá mais utilizar peles de animais em todas as suas marcas de roupas. 

François-Henri Pinault, presidente e CEO do Grupo Kering, relatou em um comunicado: “Por muitos anos, Kering tem se esforçado para pavimentar o caminho para o desenvolvimento sustentável, guiado por uma visão de luxo que está intimamente ligada aos mais altos valores e padrões ambientais e sociais”. 

Ele acrescentou: “Em termos de bem-estar animal, mais especificamente, nosso Grupo sempre demonstrou seu desejo de desenvolver práticas em sua cadeia de suprimentos e em todo o setor. Agora é a hora de dar um passo adiante e acabar com o uso de peles em todas as nossas coleções. O mundo mudou, nossos clientes evoluíram e o luxo deve se adaptar naturalmente a ele”. 

Marcas do grupo Kering que já adotavam o banimento de peles de animais

A primeira marca do grupo a adotar esse posicionamento foi a Gucci. 

Em 2017, a empresa anunciou que não utilizaria mais peles de animais a partir da coleção primavera-verão de 2018. 

Esse ano mencionamos que a empresa se comprometeu a ser mais sustentável e já é neutra em suas emissões de carbono, eles também lançaram um tênis vegano

Além disso, já havíamos falado aqui no Vegan Business que as marcas Alexander McQueen e Balenciaga adotaram essa postura de não utilizar mais peles de animais. 

Portanto, o Grupo Kering já estava caminhando para tomar essa decisão. 

Sobre o Grupo Kering e a sustentabilidade 

A história do grupo vem de 1963, quando François Pinault fundou a Établissements Pinault, empresa de comércio de madeira. 

Após aquisições, colocou a marca na Bolsa de valores em 1988, em 1990 se diversificaram para distribuição no varejo especializado, já no final da década de 1990 mudaram seu foco para a indústria de luxo. 

Em 2019, o Grupo também inaugurou uma sede em Milão com sistemas de LED e espaços verdes com irrigação por sensor de chuva. 

No ranking de sustentabilidade da Corporate Knights do ano de 2019, a empresa ficou no segundo lugar. Vale lembrar que essa pesquisa analisa o desempenho de longo prazo das empresas tanto no aspecto econômico, quanto ambiental e social, com 21 pontos de análise. 

Já em 2021, podemos verificar que a empresa está em sétimo lugar, tendo ficado na posição vigésima terceira no ano passado. 

Nessa lista de 100 empresas mais sustentáveis do mundo existem duas brasileiras: o Banco do Brasil na nona posição e a Natura na trigésima. 

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*Imagem de capa: Divulgação YSL (via Green Queen)

Por Amanda Stucchi em 29 de setembro
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