Você quer uma notícia boa? A marca de luxo Canada Goose, do Canadá, anunciou que não irá mais utilizar peles de animais em seus casacos, deixando de utilizar esse material antes do final de 2022, sendo que até o final desse ano a empresa parará de comprar peles. Anteriormente, a marca era criticada por utilizar peles de coiotes em suas parcas, felizmente, a Canada Goose deseja se tornar mais sustentável e ter maior consciência ambiental, já que também espera reduzir a quantidade de carbono para produzir os vestuários, chegando a zero emissões até 2025.
A diretora-executiva da Humane Society, Claire Bass, disse à imprensa: “A política do Canada Goose de não utilizar peles de origem animal, evitará que milhares de coiotes sejam mutilados e mortos em cruéis armadilhas de metal que seguram suas patas”, em tradução livre. É importante ressaltar que, apesar de a decisão da Canada Goose ser muito importante para esses animais, a empresa não será 100% vegana, já que as jaquetas têm penas e lã.
A empresa disse ao Plant Based News: “Nosso futuro é livre de peles […] Acreditamos que o que fazemos é importante, e como o fazemos é igualmente importante”. Isso demonstra uma mudança no pensamento da marca.
Além disso, também falaram a respeito da decisão para a WWD. O presidente e CEO, Dani Reiss, falou em entrevista ao veículo: “A decisão é impulsionada por nosso propósito e nosso foco em sustentabilidade e inovação […] Sabemos que os consumidores estão dando mais importância às marcas e à sua sustentabilidade”.
Marca de luxo que não usa peles – veja outras opções
Existem algumas marcas de luxo que não utilizam mais peles, pois aderiram a esse objetivo nos últimos anos. A Nordstrom, uma loja de departamento de luxo dos Estados Unidos, disse que pararia de vender produtos com peles de animais até o final de 2021. Em 2018, a Burberry também anunciou que pararia de fabricar produtos com peles, e além dessas, a Prada também fez esse mesmo pronunciamento em 2019, sendo que sua primeira coleção sem o uso de pele de origem animal foi a do verão de 2020, só para citar alguns exemplos.
Primeiro país a proibir a venda de peles e lei brasileira
Já falamos aqui no Vegan Business que Israel foi o primeiro país a proibir a venda de peles, com exceção dos usos em pesquisa, educação e certas tradições religiosas. É importante ressaltar que aqui no Brasil a lei n.º 16.222/2015 impede o uso de chinchilas, coelhos e raposas, entre outros animais, para a criação de roupas. Mas, não abrange o couro, extraído durante a produção de carne de origem animal.
Aproveite e leia também:
Stella McCartney tem campanha para celebrar igualdade animal
Criação de animais em gaiolas será proibida pelo Parlamento Europeu
*Imagem de capa: Divulgação Canada Goose / via Sourcing Journal