O número de brasileiros que optam pelo consumo de produtos sem origem animal tem aumentado a cada ano que passa. Se tratando de alimentação, uma pesquisa realizada em 2018 pelo Ibope Inteligência, mostrou que 14% da população do país se declara vegetariana.
Já outra pesquisa feita em 2021, pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) mostra que 46% dos brasileiros optaram por diminuir o consumo de carne pelo menos uma vez na semana.
Ricardo Laurino, o presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), fala sobre seus pontos de vista sobre as mudanças de comportamento na população.
“Podemos dizer que o vegetarianismo é uma linha do veganismo. O vegano faz uma opção total por não consumir produtos de base animal, uma visão mais contundente sobre o seu próprio comportamento, muito além de uma alimentação mais saudável”.
Explica ele em matéria divulgada recentemente pelo veículo Correio Braziliense. “Em um, dois, três ou vários dias por semana, os brasileiros têm optado por fazer refeições vegetarianas ou veganas”, acrescenta.
Segunda sem Carne (SSC)
A escolha de diminuir o consumo de proteína animal é um movimento que tem crescido e desde 2009, no Brasil existe um movimento conhecido como Segunda Sem Carne (SSC). A iniciativa convida as pessoas a trocarem pelo menos uma vez na semana, a proteína animal pela vegetal.
No ano passado, 46% da população brasileira já era adepta ao movimento. Apesar de ter sido “fundado” por Paul McCartney, hoje o Brasil é reconhecido por ter o maior número de adeptos do SSC em relação ao restante do mundo.
Desde 2009, escolas, refeitórios corporativos, organizações e restaurantes têm servido oriundas de fonte de proteína vegetal e hoje são servidos mais de 300 milhões de refeições veganas e vegetarianas nestes espaços.
Ascensão de marcas
Nos últimos 10 anos houve o surgimento de diversas empresas plant-based no setor de alimentação, bebidas, vestuário, cosméticos, higiene e limpeza no Brasil e no mundo.
Um exemplo brasileiro é a bebida vegetal Purifica a base de coco, castanha e aveia que utiliza o mínimo de ingredientes, não contém glúten e lactose, o que a torna uma alternativa para quem tem alergias e intolerância ao leite animal. Existem outras marcas vegetais como nude, naveia, a Tal da Castanha, possible, notCo, vidaveg, Jasmine, be+, Leatt, cada uma com uma composição de ingredientes diferente.
No caso da Novah!, queijos 100% vegetais, não utiliza conservantes artificiais e amido transgênico para que o produto tenha o rótulo mais limpo possível.
Esse crescimento de marcas plant-based, proporciona mais opções para consumidores e também provoca a transformação da linha de produção das empresas estabelecidas no mercado não plant-based.
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*Imagem ilustrativa de capa: Pexels