O mercado de tecnologia verde e sustentabilidade está em expansão. Conforme o Future Business Insights, o setor deverá atingir US$ 51,09 bilhões até 2029, crescendo a um CAGR de 20,6% durante o período de previsão (2022 – 2029). Para fazer uma comparação, saiba que em 2021 o mercado foi avaliado em US$ 11,49 bilhões.
O relatório dividiu esse mercado pelos seguintes setores: Monitoramento da Poluição do Ar e da Água; Gestão da Pegada de Carbono; Monitoramento de colheita; Detecção de incêndio; Monitoramento Florestal; Construção verde; Monitoramento da Condição do Solo/Umidade; Mineração e Exploração Sustentáveis; Gerenciamento de água; Monitoramento e previsão do tempo, entre outros.
Diversos fatores impulsionam o segmento, como: aumento de pegada de carbono no mundo todo, foco de governos em desenvolver uma economia descarbonizada, adoção de data centers verde e serviços em nuvem para monitorar a poluição, aumento de interesse industrial por conta do consumidor e também os maiores investimentos para a economia verde, devido ao aumento de emissões de gases de efeito estufa. Já o desafio do setor é o custo alto para implementar esses serviços.
Mercado de tecnologia verde e sustentabilidade
É informado que a América do Norte deverá dominar o mercado durante o período da previsão, com o setor na região tendo sido avaliado em US$ 4,19 bilhões em 2021.
Já a Europa deverá ter a segunda maior participação no mercado, com o aumento das iniciativas governamentais para tecnologias de baixo carbono que podem fazer crescer as vendas desse segmento.
“Espera-se que o crescente suporte para soluções de rede, captura e armazenamento de carbono e de energia impulsione o desenvolvimento do mercado”, comentou o Future Business Insights sobre a região europeia em um comunicado.
Por último, na Ásia-Pacífico é esperado que a transição para um futuro de energia renovável nos países do Japão, Taiwan, China, Coreia do Sul e Índia impulsione o crescimento do setor.
Principais players
As principais empresas estudadas pelos relatório são:
- General Electric Company (EUA)
- Salesforce.com, Inc. (EUA)
- Microsoft Corporation (EUA)
- Engie Impact (EUA)
- Sensus (EUA)
- Enviance (EUA)
- CropX Inc. (EUA)
- Intelex Technologies Inc. (Canadá)
- Enablon (Wolters Kluwer) (Europa)
- Schneider Electric (França)
“As empresas de destaque que atuam no mercado fazem parcerias para reforçar sua posição no setor. […] Além disso, a adoção de expansões, fusões, aquisições, lançamentos de produtos e a incorporação de tecnologias avançadas podem permitir que os fabricantes aumentem suas receitas anuais”, destacou a empresa de pesquisa.
Como é a situação brasileira?
Aqui no Brasil a sustentabilidade já é algo considerada por diversos setores.
De acordo com a Agência Brasil, com dados de uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 76% das indústrias já utilizam a economia circular – sistema que associa o desenvolvimento econômico com um melhor uso dos recursos naturais – por exemplo, empregando práticas como a reciclagem de materiais, reutilização da água e logística reversa.
Quanto ao consumidor, o estudo “Tendências de consumo online com impacto positivo”, elaborado pelo Mercado Livre com dados colhidos entre abril de 2021 e março de 2022, destacou que o Brasil possui 53% dos compradores da categoria sustentável. Além disso, 91% dos participantes da região brasileira concordam que a situação ambiental é muito preocupante, por conta de aquecimento global, escassez da água e também contaminação.
Pensando na agricultura, a prática regenerativa utilizada no país é 17% superior a dos Estados Unidos, segundo uma pesquisa da L.E.K Consulting. Também foi concluído que a energia solar estava ganhando maior participação nos estabelecimentos rurais do Brasil. Legal, não é?
Com esses dados, podemos observar que existe cada vez mais interesse por atitudes sustentáveis na região.
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*Imagem ilustrativa de capa: Unsplash