A Brightseed, empresa estadunidense de dados, orientada pela inteligência artificial Forager, busca desenvolver a maior base de conhecimento das conexões entre os bioativos das plantas e a biologia humana. Com o recente investimento, foi anunciado que desejam lançar ingredientes derivados de cânhamo: dois compostos bioativos foram encontrados nas cascas desse produto que seriam desperdiçadas. 

A rodada de US$ 68 milhões da Série B foi liderada pela empresa de investimento Temasek, com a participação de investidores novos e existentes. 

Jim Flatt, cofundador e CEO da empresa, falou em um comunicado

“A natureza possui uma fonte incrivelmente rica e em grande parte desconhecida de bioativos naturais poderosos que criam benefícios para a saúde dos seres humanos, e agora podemos acessá-los e integrá-los em produtos para indústrias de alimentos e saúde. Descobrir e mapear bioativos naturais para benefícios à saúde humana foi apenas o primeiro passo para a Brightseed. Agora, estamos lançando ingredientes e insights clinicamente estudados para iluminar o potencial oculto na natureza de restaurar a saúde humana”.

A Brightseed explicou que utilizaria o valor para avançar na descoberta de compostos naturais, validação clínica, e para lançar o primeiro ingrediente, utilizando um novo centro de comercialização localizado na Carolina do Norte. 

Ingredientes derivados de cânhamo 

É previsto que os dois compostos bioativos identificados nas cascas de cânhamo sejam lançados ainda nesse ano como ingredientes alimentares integrais, visando beneficiar a saúde intestinal. Ambos contarão com a aprovação da Food & Drug Administration como geralmente reconhecido como seguro (GRAS). 

Para auxiliar nesse lançamento, a empresa está abrindo um segundo local na cidade de Raleigh (Carolina do Norte) na região do The Research Triangle, maior parque de pesquisa dos Estados Unidos. Além disso, também está realizando uma parceria com o Alexandria Real Estate Enquities, fundo de investimento imobiliário, para personalizar suas instalações e dar suporte na produção dos ingredientes especializados. 

Até o momento, a inteligência artificial da empresa mapeou mais de dois milhões de compostos de plantas — sendo informado que o número é 20 vezes maior do que a literatura científica existente — dezenas desses compostos estão em diversos estágios de validação em várias áreas da saúde, como a metabólica, digestiva, cognitiva, materna, entre outros.

A empresa conta com parceiros que incluem a Danone SA, Ocean Spray (cooperativa agrícola estadunidense), Ofi (fornecedora de produtos e ingredientes) e Pharmavite (empresa de suplementos dietéticos dos EUA). 

Sobre a Brightseed 

“Os bioativos são um tipo especial de composto vegetal que a ciência sabe que são fundamentais na saúde humana”, escreveu a empresa. 

A Brightseed tem como cofundadores Jim Flatt (CEO), Sofia Elizondo (COO) e Lee Chae (CTO). 

Com a Forager (IA) identifica sistematicamente os bioativos naturais, mapeando sua conexão com os benefícios para a saúde humana. As descobertas desses compostos podem ter implicações para os alimentos, agricultura, política de nutrição e até para projetos de medicamentos baseados na natureza. 

Gostou dessa notícia? Aproveite e leia também: 

Vutter: conheça a marca de manteiga vegetal com vários sabores

61% dos consumidores preferem as proteínas à base de plantas

Mercado global de micélio atingirá US$ 3,84 bilhões até 2026

*Imagem de capa: Divulgação Brightseed

Por Amanda Stucchi em 16 de maio
Faça parte da comunidade da Vegan Business no WhatsApp: Notícias | Investidores