A soja é um ingrediente bem diverso que pode ser aplicado em vários pratos veganos, inclusive no leite e hambúrguer à base de plantas. Sabendo disso, o relatório da Research and Markets investigou o mercado de proteína de soja e descobriu que deverá atingir US$ 17,1 bilhões até o ano de 2027, crescendo a um CAGR de 6,8% entre 2022 e 2027.
Para ter uma ideia, o mercado estava avaliado em US$ 11,5 bilhões, mas, quais seriam os motivos para esse crescimento? Há uma série de fatores: mais pessoas estão adotando um estilo de vida vegano e vegetariano, bem como as preocupações relacionadas à saúde e ao meio ambiente.
América do Sul tem um enorme potencial de crescimento
A região que tem a maior participação percentual no mercado global de proteína de soja é a América do Norte com 35%, seguida pela Europa com 28%. Nesses locais, existe uma tendência que só cresce das dietas à base de plantas, mais conscientização sobre saúde e muita demanda pelos produtos orgânicos e naturais.
Porém, o relatório informou: “Os países emergentes da Ásia-Pacífico e América do Sul apresentam um enorme potencial de crescimento para o mercado de proteína de soja, principalmente devido à sua grande base de clientes”.
Especificamente sobre a América do Sul foi destacado que o Brasil e a Argentina são os mercados de proteína de soja mais atraentes, já que a população está modificando sua alimentação para uma dieta à base de plantas, em vez da carne de origem animal, devido a conscientização a respeito do impacto negativo do consumo desses produtos.
Podemos perceber essa mudança na alimentação em outras pesquisas feitas no território brasileiro.
A ONG Mercy for Animals realizou um estudo, encomendado pelo programa EscolhaVeg, onde descobriu que 8 em cada 10 brasileiros provaram produtos plant-based nos últimos seis meses. Além disso, uma pesquisa do IPEC revelou que 46% dos brasileiros não consomem carne — por desejo próprio — pelo menos uma vez na semana, ademais, 32% priorizam a opção vegana nos restaurantes quando a informação está destacada.
A Ásia-Pacífico também oferece grande potencial devido à quantidade populacional, renda crescente da classe média e baixa, aumento da demanda pelas proteínas vegetais em produtos alimentícios, bem como tendência ao melhor condicionamento físico.
Mercado de proteína de soja: qual é o tipo mais consumido?
O tipo concentrado de proteína de soja é o mais utilizado na indústria, contabilizando 40% do mercado, muito utilizado em biscoitos, pães, alimentos assados e cereais matinais. Já o isolado de proteína de soja tem a maior quantidade de proteína, ao que o relatório destacou: “Com uma demanda crescente por produtos com alto teor de proteína em vários segmentos da indústria, a exploração de outras aplicações de isolados de proteína de soja se intensificou”.
Também existe a soja texturizada e hidrolisada, aplicada em temperos, para melhorar a textura dos produtos, intensificar o sabor e deixar mais favorável a aparência estética dos alimentos.
Quem está abraçando mais esse ingrediente é a indústria de bebidas — o estudo indicou que houve um aumento significativo nos lançamentos e demanda por sucos, smoothies e bebidas aromatizadas — isso é impulsionado pelo aumento da renda da população, estilo de vida agitado e o maior interesse do consumidor por dietas mais saudáveis.
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*Imagem de capa: Unsplash