O mercado de carne à base de plantas poderá atingir US$ 34 bilhões até 2027, crescendo a um CAGR de 25,8% globalmente até o final do período (2022 – 2027), conforme uma pesquisa da Research and Markets.
A carne à base de plantas é geralmente produzida com uma mistura de isolados de proteínas vegetais, amido, extratos vegetais, óleos comestíveis e temperos, que depois são processados com aditivos e corantes para ter semelhança à carne de origem animal.
O relatório informou: “Os produtos de carne à base de plantas ajudam a reduzir a ingestão da carne, minimizando assim os riscos de doenças cardiovasculares, diminuindo o colesterol no sangue, mantendo as calorias e aumentando o consumo de proteínas. Além disso, a variante de carne também é considerada ecologicamente sustentável, pois ajuda a reduzir o alto consumo de produtos cárneos”.
O que impulsiona o mercado de carne à base de plantas?
Vários fatores impulsionam o setor.
- O veganismo está crescendo.
- A preocupação com o bem-estar e proteção animal.
- Problemas de saúde como obesidade, diabetes, entre outras, também aumentaram a demanda por esses produtos.
- Adoção da dieta flexitariana e vegetariana principalmente nas regiões da América do Norte e Europa.
- Urbanização nas economias emergentes — contando com o Brasil — que elevaram os padrões de vida dos consumidores, aumentando os gastos per capita em produtos alimentícios, incluindo aqui a carne à base de plantas.
- Programas de conscientização sobre o bem-estar animal.
- Fabricantes desenvolvendo carnes à base de plantas com melhor aroma, textura, mais valor nutricional e vida útil com maior duração.
- Parcerias com startups produtoras de carne à base de plantas para expandir o produto.
- Maior adoção desses produtos em outros tipos de gastronomia, como a culinária chinesa, tailandesa, italiana, entre outras.
8 em cada 10 brasileiros experimentaram produtos plant-based
Vamos analisar mais o mercado brasileiro?
Uma pesquisa encomendada pelo programa EscolhaVeg, desenvolvida pela Mercy for Animals, descobriu que 8 em cada 10 brasileiros experimentaram produtos plant-based nos últimos seis meses.
Aqui foram considerados os alimentos à base de plantas 100% vegetais, in natura ou processados, como os grãos, cereais, verduras, frutas, entre outros, bem como aqueles produtos que recriam os alimentos de origem animal, como o leite e a carne vegetal.
Também é possível perceber estudos que indicam que os brasileiros estão reduzindo seu consumo de carne animal: o IPEC, em uma pesquisa encomendada pela SVB, já apontou que 46% dos brasileiros não consomem carne — por desejo próprio — pelo menos uma vez na semana.
Dessa forma, podemos perceber que os brasileiros estão experimentando os produtos à base de plantas e reduzindo seu consumo de carne.
Inclusive, podemos visualizar isso no sucesso das empresas, como a Fazenda Futuro que levantou no ano passado R$ 300 milhões e teve valuation de R$ 2,2 bilhões.
A brasileira já expandiu para diversos mercados internacionais, sendo que na época tinha uma fábrica no Rio de Janeiro que produzia 700 toneladas de produtos por mês, com a nova fábrica seria possível expandir para até 1.300 toneladas.
Uma curiosidade é que a marca conseguiu o prêmio de melhor hambúrguer à base de plantas em 2021 no Reino Unido, concedido pela The Grocer New Products Awards. Aqui foram avaliados os critérios de aparência, aroma, textura, sabor, qualidade de execução, custo-benefício, segmentação e percepção, inovação do produto, inovação da embalagem, design e instruções.
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*Imagem de capa: Divulgação Fazenda Futuro / via Green Queen