O mercado de laticínios alternativos atingirá US$ 68,79 bilhões até 2030, crescendo a um CAGR de 11,8% durante o período da previsão (2022 – 2030), conforme apontou a Precedence Research, organização de consultoria e pesquisa de mercado. O relatório incluiu em sua divisão os produtos de leite, sorvete, iogurte, queijos, bebidas, entre outros, bem como os ingredientes de soja, amêndoa, coco, aveia, arroz e outros não especificados. 

Mercado de laticínios alternativos até 2030: o que impulsiona o crescimento? 

Existem diversos fatores que influenciam o aumento da demanda por esses produtos: 

  • O alto valor nutricional e benefícios para a saúde. 
  • Propriedades funcionais.
  • Aumento da população vegana com respectivo crescimento do consumo de alimentos sem laticínios.
  • Maior conscientização sobre a crueldade com os animais envolvida nesse processo.
  • Aumento de casos de intolerância à lactose e alergias ao leite. 
  • Mudança para dietas ocidentais – baseada em produtos lácteos – pela população de países desenvolvidos e em desenvolvimento. 
  • Preocupações com hormônios, pesticidas e antibióticos que podem estar presentes no leite de origem animal. 

Além disso, também está ocorrendo um aumento da demanda por alternativas lácteas sem adição de açúcar, dessa forma, existe um impulso desses produtos por parte dos consumidores que desejam reduzir a ingestão de calorias. 

“Os consumidores que buscam a perda de peso estão substituindo cada vez mais o leite de vaca ou búfala por leite de soja ou amêndoa. Espera-se que isso contribua para o crescimento do mercado à medida que os consumidores mais experientes em fitness aumentam globalmente”, mencionou a empresa em um comunicado

Vale destacar que a categoria de alimentos de laticínios alternativos terá o maior crescimento durante a previsão, como o queijo, manteiga, iogurte e o tofu. Pensando no ingrediente, o relatório apontou que é esperado que a amêndoa cresça a um CAGR de 14,5% durante o período, pois o uso da matéria-prima está aumentando na fabricação de produtos lácteos. Quanto a soja, essa teve a maior participação de mercado (35,5%) em 2021. 

Análise regional

A Ásia-Pacífico é a região que domina o setor, com 41,5% de participação na receita global de 2021, seguida pela América do Norte (30%), Europa (18%), América Latina (7%) e Oriente Médio (3,5%). 

Pensando na Ásia-Pacífico, é informado que o aumento populacional e de renda deverá aumentar a demanda pelo produto, enquanto na América do Norte a demanda do consumidor pelos produtos de leite de soja e amêndoa adoçados deverá ser um fator para o impulsionamento da indústria de leite alternativo, bem como o uso desses tipo de leite para produtos alimentícios e sobremesas. 

No caso da Europa, a região deverá ter um crescimento por conta da demanda por alimentos e bebidas considerados mais saudáveis e também pelo fato dos fabricantes estarem desenvolvendo novos produtos, visando atrair e alcançar mais clientes. 

Também existem desafios enfrentados por essa indústria nas regiões em desenvolvimento, conforme apontou o relatório, citando a América do Sul, Ásia-Pacífico e Oriente Médio, relatando a falta de conscientização sobre esses itens por parte dos consumidores. 

“Os consumidores nessas regiões em desenvolvimento não estão muito cientes da disponibilidade dos produtos à plant-based nas lojas próximas […] Além disso, com a falta de conhecimento e conscientização, a maioria dos consumidores não está muito confiante sobre os resultados desses produtos”, comentou a empresa. 

A situação aqui no Brasil 

Conforme ressaltou uma pesquisa da Tetra Pak, os leites plant-based (feitos com arroz, grãos, castanhas e sementes) atingirão no país o valor de mercado de R$ 1 bilhão em 2025. Fazendo uma comparação com 2021, o valor era de R$ 435 milhões.

Aqui já existem diversas empresas atuando nesse segmento, podemos citar: Purifica (marca de leites vegetais que captou R$ 375 mil pela Vegan Business),  NoMoo (queijos e produtos cremosos vegetais), Novah! (empresa de queijos e cheesecakes de castanha de caju que conquistou R$ 600 mil pela Vegan Business), Cajueiro (leites vegetais), Fresco (iogurtes e spreads plant-based) e A Tal da Castanha (foodtech plant-based), entre outros. 

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*Imagem ilustrativa de capa: Pexels

Por Amanda Stucchi em 25 de agosto
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