A indústria de frutos-do-mar à base de plantas está em crescimento! 

Um relatório do Good Food Institute apontou que esse produto cresceu 23% no ano passado na região dos Estados Unidos e chegou ao valor de US$ 12 milhões. Esse mercado também recebeu investimentos de US$ 70 milhões no país durante o período do primeiro semestre de 2021. Porém, é necessário ressaltar que essa indústria nos EUA ainda é pequena com relação ao mercado de carne vegetal, que cresceu para cerca de US$ 1,4 bilhões em 2020. 

Alguns possíveis motivos para isso, segundo a Bloomberg, é que existe uma preocupação maior com o consumo de carne vermelha, já que há a questão dos antibióticos e das mudanças climáticas. Porém, o peixe ainda tem uma reputação saudável. É aí que os documentários como o Seaspiracy podem contribuir nessa discussão, alertando os consumidores sobre os impactos ambientais da pesca. Existe um grande mercado para frutos-do-mar à base de plantas: esse tipo de produto pode ser consumido por veganos, flexitarianos, alérgicos e na gravidez (não contém mercúrio). 

Empresas de frutos-do-mar e peixes à base de plantas 

Que tal conhecer algumas empresas que atuam no mercado de frutos-do-mar e de peixes à base de plantas? 

The New Butchers

Essa é uma foodtech brasileira que produz diversas carnes vegetais. 

Já anunciamos aqui no Vegan Business que a empresa criou o primeiro salmão à base de plantas. O produto utiliza a proteína texturizada de ervilha para criar o filé de peixe, que não possui glúten nem corantes químicos artificiais. 

Mimic Seafood

Essa startup está sediada em Madrid e produz atum para ser utilizado em comida japonesa com tomates especiais cultivados no sul da Espanha, o produto foi chamado de Tunato. 

New Wave Foods 

A marca dos Estados Unidos produz camarão à base de plantas — o produto é elaborado com alternativas vegetais e algas  —  a proteína é derivada do feijão-mungo. 

Odontella 

A empresa francesa vende um salmão defumado plant-based feito de proteína de ervilhas e algas. O produto é certificado como vegano, possui ácidos graxos, ômega-3 e proteínas vegetais, e sua embalagem também é reciclável. 

Paridade de preços nos frutos-do-mar à base de plantas 

Como ter paridade nos preços de frutos-do-mar à base de plantas? 

Para esses alimentos chegarem a preços parecidos com os de origem animal, é necessário atingir mais mercados e aumentar a produção. 

David Yeung, co-founder e CEO da OmmiFoods  — marca de Hong Kong que está expandido para vender frutos-do-mar — afirmou para a Bloomberg: “Quando isso acontecer, você saberá que o mega ponto de inflexão está aqui, eu realmente acredito que isso é uma questão de dois a três anos”. 

Carnes cultivadas

Outra novidade é que, além de frutos-do-mar feitos à base de plantas, também existem aqueles cultivados, produzidos com células. Uma das empresas que trabalha nesse mercado é a BlueNalu,  já falamos sobre ela na nossa matéria, a marca pretende lançar seus produtos no mercado no ano que vem, com seu peixe-dourado-do-mar, nos canais de foodservice

A produção será feita na fábrica piloto com mais de 3 mil metros. Lembrando que ainda é necessária a aprovação regulatória do órgão US Food and Drug Administration para isso se concretizar. No momento, só a Cingapura autorizou a venda de carne cultivada. 

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*Imagem de capa: Divulgação Mimic Seafood (via Bloomberg)

Por Amanda Stucchi em 23 de agosto
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