Você quer saber mais dados sobre as empresas de carnes cultivadas? Até o ano de 2050, o mundo terá 10 bilhões de habitantes e o desafio será trazer ao mercado proteínas alternativas a partir de fontes não convencionais, que auxiliem na sustentabilidade. Além disso, já falamos aqui no Vegan Business que o veganismo pode auxiliar a prevenir novas pandemias e que mais pessoas aderiram a uma dieta vegana devido à situação do coronavírus. Muitas empresas já se esforçam para trazer tecnologias com proteínas alternativas que contribuirão com dietas balanceadas e nutritivas. Então, que tal conhecer algumas empresas e suas ideias inovadoras?
Eat Just Inc e a carne cultivada
A carne cultivada produzida pela Eat just foi comercializada em Cingapura, após aprovação do país, em dezembro de 2020.
A ideia de produzir carne cultivada surgiu com Wiston Churchill, em um ensaio que ele escreveu no ano de 1931, relatando: “Devemos escapar do absurdo de cultivar um frango inteiro para comer o peito ou a asa, cultivando essas partes separadamente em um meio adequado”.
Porém, foi o pesquisador Willem van Ealen que começou a estudar sobre o assunto, sendo considerado o pioneiro no desenvolvimento da carne cultivada, dessa forma, a Eat Just adquiriu as patentes desse pesquisador para produzir seus produtos. A produção da carne tem duração de 14 dias e agora a empresa trabalha no desenvolvimento de nuggets.
Algo que vale a pena mencionar é que a Eat just tem uma empresa chamada de Good Meat, que produz suas carnes cultivadas.
BlueNalu e os frutos-do-mar cultivados
Já falamos aqui sobre a BlueNalu, uma empresa de carne cultivada que conseguiu um total de investimentos de US$ 84,8 milhões. A ideia da empresa é produzir peixes, com músculos, gorduras e tecidos conjuntivos. Para isso, a marca utiliza uma tecnologia proprietária, realizando extrusão a frio para produzir seus filés de peixes tendo texturas iguais àquelas de peixes de origem animal.
Lou Cooperhouse, o presidente da empresa, deu uma declaração para o Food Business News, ele disse: “Nossos produtos funcionam da mesma maneira que os filés de peixe convencionais em todas as aplicações de cozimento”, e relatou que como é feito de células, isso possibilita a disponibilidade de produtos durante todo o ano.
Outro benefício apontado pelo chefe corporativo Gerard Viverito foi o seguinte: “Eu me sinto ótimo em cozinhar com frutos-do-mar que eu sei que ajudam a saúde do oceano e a biodiversidade das espécies. Além disso, não preciso me preocupar com ossos, escamas de peixe, filetes ou ter que jogar fora quaisquer partes de peixe não utilizadas”.
A empresa pretende lançar seus produtos no mercado em 2022, com o peixe dourado-do-mar (ou mahi mahi) nos canais de foodservice e, logo após, lançará um atum de barbatana azul. A produção será feita em sua fábrica piloto, que possui quase 40 mil pés quadrados (ou mais de 3.700 metros), após a aprovação regulatória do órgão US Food and Drug Administration.
Isso tudo mostra que, a depender das aprovações dos Órgãos Regulatórios, é possível que o futuro seja da carne cultivada.
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*Imagem de capa: Pexels