É isso mesmo! De acordo com os resultados de uma pesquisa realizado pelo Ibope DTM a pedido da Archer Daniels Midland, 52% dos consumidores brasileiros se identificam como flexitarianos.
Ao mesmo tempo, além desse índice geral de flexitarianos autodeclarados, a pesquisa mostra também o elevado interesse dos consumidores por proteínas alternativas.
Similarmente, mais de 5 em cada 10 dos entrevistados já consumiram produtos à base de plantas. Destes, 32% consumiriam novamente e 18% afirmaram consumir sempre ou de vez em quando. Isso revela o excelente índice de intenção dos consumidores brasileiros e a abertura em experimentar e retornar aos produtos experimentados.
Mas não para por aí, os resultados também revelaram que 45% dos entrevistados nunca experimentaram produtos à base de proteína vegetal, mas 42% se interessam em experimentar. O que isso quer dizer? Que se já temos uma grande demanda, há ainda potencial de criação de uma demanda maior ainda, que virá destes futuros consumidores.
As motivações dos consumidores
A pesquisa entrevistou 2 mil pessoas e foi realizada em julho de 2020. Dentre os fatores que levaram as pessoas a reduzirem o consumo de carnes, a busca por um estilo de vida saudável é o principal fator. Além disso, a qualidade nutricional, o paladar, o sabor e o prazer proveniente da alimentação também importam.
A parte qualitativa da pesquisa fomentou discussões em quatro painéis, os quais separavam os participantes por grupos de afinidade: veganos, vegetarianos, flexitarianos e rejeitadores de produtos derivados de plantas.
Tudo isso possibilitou a identificação das motivações por trás da busca por mais alimentos à base de vegetais e como essa tendência se associa à sustentabilidade e qualidade de vida. Ainda, foi possível identificar a as principais barreiras desse mercado, um marco para que a indústria plant based evolua de modo consistente.
A Archer Daniels Midland, em comunicado à imprensa, reafirmou a importância dessa pesquisa que trouxe mais clareza ao mercado plant based. Esses resultados comprovam o quanto esse mercado é vibrante e promissor, em todos os sentidos.
Estes resultados fornecem as informações necessárias para a indústria de alimentos se preparar para atender os consumidores da melhor maneira possível.
Relembrando o flexitarianismo
Para quem ainda tem dúvidas, o flexitarianismo se refere a um estilo alimentar que incentiva principalmente alimentos vegetais, ao mesmo tempo, em que permite carne e outros produtos de origem animal com moderação. É mais flexível do que dietas totalmente vegetarianas ou veganas.
A nutricionista Dawn Jackson Blatner criou a dieta flexitariana para ajudar as pessoas a colher os benefícios da alimentação vegetariana enquanto ainda desfrutam de produtos de origem animal com moderação.
Baseia-se nos seguintes princípios:
- Coma principalmente frutas, vegetais, legumes e grãos inteiros.
- Concentre-se em proteínas de plantas em vez de animais.
- Seja flexível ao incorporar carne e produtos de origem animal de vez em quando.
- Coma os alimentos menos processados e mais naturais.
- Limite a adição de açúcar e doces.
Devido à sua natureza flexível e foco no que incluir em vez de restringir, a esse estilo alimentar tem se tornado uma escolha popular para pessoas que procuram uma alimentação mais saudável. Por isso, tem se tornado o foco da indústria de alimentos plant based.
Sobre a Archer Daniels Midland
Certamente, a Archer Daniels Midland já é conhecida nesse mercado. Com sede em Chicago, o seu foco está no processamento de sementes oleaginosas, processamento de milho e serviços agrícolas, com seus produtos sendo usados para consumo humano e animal.
Recentemente, a Archer Daniels Midland e a empresa brasileira de processamento de alimentos Marfrig anunciaram que a criação de uma joint venture chamada PlantPlus Foods. O objetivo? Criar alimentos à base de plantas. De acordo com a Market Watch, a Marfrig deterá 70% do PlantPlus e cuidará da produção e distribuição em suas instalações na América do Sul, enquanto a ADM terá 30% e fornecerá conhecimento técnico e ingredientes, sabores e sistemas de origem vegetal.
Enfim, com o resultado de que 52% dos consumidores brasileiros se identificam como flexitarianos, alguém ainda duvida do potencial desse mercado?
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