Você provavelmente já ouviu falar em Vegetarianismo e Veganismo, certo? Mais um outro movimento está ganhando força ultimamente, o Flexitarianismo. Esse você conhece?

Uma pesquisa conduzida pela pela DuPont Nutrition & Health e HealthFocus International, mostrou que 52% dos compradores nos Estados Unidos estão comendo mais  alimentos à base de plantas. A pesquisa foi feita com mais de mil consumidores americanos, analisando os hábitos alimentares de cada um. A pesquisa registrou uma crescente de comer menos produtos animais foi apelidada de “flexitarianismo”.

Mas afinal, o que significa o termo flexitarianismo?

Flexitarianismo ou semivegetariano, na definição do dicionário de inglês Oxford, é aquele que segue dieta vegetariana na maior parte do tempo, mas que, ocasionalmente, come algum tipo de carne.

“Maior atenção com a saúde, preservação do meio ambiente e preocupação com o bem-estar dos animais – não necessariamente nessa ordem – são os principais motivos que levam cada vez mais pessoas a repensarem seus hábitos alimentares”, diz a nutricionista Cynthia Antonaccio, de São Paulo.

O veganismo já é uma grande tendência. As pessoas estão conhecendo esse estilo de vida com mais facilidade e com menos julgamento. Sempre priorizando os motivos como, meio ambiente, crueldade animal e problemas de saúde. A alimentação a base de plantas está cada vez mais sendo vista como uma alternativa muito possível e acessível para toda a população.

Por que é uma oportunidade de mercado?

Segundo Greg Paul, líder de marketing para a indústria de bebidas da DuPont Nutrition & Health, “Há um futuro brilhante imediato para esta megatendência”.

Ele também acrescentou que “Há uma mudança sísmica nos hábitos alimentares em todo o mundo, criando uma oportunidade de mercado significativa. Mais importante, nossa pesquisa revela que, para a maioria dos consumidores, isso foi além da experimentação e se transformou em uma mudança permanente causada por fatores sociais, de estilo de vida e de saúde ”

O mercado vegano já é uma grande oportunidade por si só. Só no Brasil 14% da população se declara vegetariana, cerca de 30 milhões de brasileiros seguindo a alimentação a base de plantas. Isso faz com que o mercado vegano esteja apenas começando.

Além disso, a pesquisa mostrou outros dados bastante interessantes.

Segundo ela, não só os consumidores entrevistados responderam que estão comendo mais alimentos à base de plantas, mas também quase 60% deles disseram que a mudança em seus hábitos é permanente, ou que eles esperam mantê-los permanentes.

O estudo dividiu os entrevistados em seis grupos de consumidores – Auxiliares de Saúde, Lutas com Peso, Saúde Sábia, Boa Orientação, Boa Vida e Apenas Comida – todos responderam que comer uma dieta flexível faz com que eles se sintam mais saudáveis.

Ou seja, as pessoas estão interessadas nesta mudança de alimentação. Da carne animal para a alimentação a base de plantas. E nisso, algumas pessoas já se definem como flexitarianas.

Onde achar oportunidades?

Segundo a pesquisa, um dos grandes obstáculos para que o flexitarianismo vire veganismo está no sabor. Um flexitariano pode se render as carnes animais por não estar totalmente confortável com os sabores das alternativas vegetais do alimento.

Felizmente, o mercado já está dando os primeiros sinais de mudança. Empresas como a Impossible Burger já oferecem hambúrgueres com sabor muito semelhante a carne de origem animal. Um grande empreendimento como esse conseguiu conquistar diversos investidores e até chegou nos lanches de um grande fast-food, Burger King.  

Além disso, alguns indivíduos estão se adaptando e adotando muito bem essa mudança de paladar. Um estudo realizado pela empresa de pesquisa de marketing global Mintel em fevereiro passado revelou que 52%  dos americanos preferem o sabor da proteína baseada em vegetais.

O mercado

Especialistas prevêem que o mercado global de carne vegana valerá US $ 6,5 bilhões até 2026. No ano passado, as vendas nos Estados Unidos de produtos alimentícios à base de vegetais especiais – como carne vegana, leite, queijo e ovos –  superaram  US $ 3,7 bilhões.

Os principais fornecedores de serviços de alimentação, incluindo  Aramark, Sodexo e Compass Group, estão incorporando mais alimentos veganos em cardápios em resposta à demanda por alimentos mais saudáveis.

Em um relatório divulgado recentemente, a DuPont Nutrition & Health descobriu que os gostos dos consumidores estão de fato mudando para opções veganas.

“As pessoas são motivadas a alterar suas dietas para incluir mais alimentos à base de vegetais porque acreditam que isso irá melhorar seu bem-estar geral, fornecer benefícios específicos à saúde e ajudar o meio ambiente”, disse Mark Cornthwaite, gerente de marketing da DuPont Nutrition & Health. . O novo relatório observa que a saúde foi o principal motivador para comer alternativas de carne em 2018. Noventa e seis por cento dos entrevistados disseram que era “importante ou muito importante” e, de acordo com o relatório, a saúde geral foi seguida por “saúde do coração”. 63%), prevenção de doenças (60%) e maior tempo de vida (59%). ”

Flexitarianismo pode ser até uma mudança de estilo entre pessoas, mas é uma grande oportunidade para empreendedores. Enquanto o veganismo não se torna uma escolha unânime entre as pessoas, esse estilo de vida já mostra sinais de que isso pode acontecer. Sejamos a favor desse termo ou não, ele representa um crescimento para o movimento vegano, e claro, para o mercado de alimentos a base de plantas.

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