O mercado de alimentos plant-based está experimentando um ótimo crescimento nos EUA. Conforme dados da Plant Based Foods Association (PBFA), The Good Food Institute (GFI) e SPINS, as vendas de alimentos à base de plantas no varejo do país cresceram 6,2% com relação a 2021, atingindo o valor de US$ 7,4 bilhões em vendas.
É informado que as vendas de alimentos plant-based cresceram três vezes mais rápido do que as vendas totais no varejo de alimentos, sendo que a maioria das categorias à base de vegetais superaram os produtos semelhantes de origem animal.
Detalhes sobre os alimentos plant-based nos EUA
Vamos dar mais detalhes sobre a pesquisa:
Leite à base de plantas
- As vendas do leite à base de plantas cresceram 4% e 33% nos últimos três anos, chegando a US$ 2,6 bilhões.
- As vendas do leite de origem animal caíram 2% em 2021.;
- O leite plant-based representa 16% de todas as vendas em dólar de leite no varejo, contribuindo com US$ 105 milhões.
- O leite de origem animal está em declínio: ocorreu uma perda equivalente a US$ 264 milhões.
É dito na comunicação: “O leite à base de plantas continua a se beneficiar da inovação de produtos e expansão do espaço e variedade de merchandising. O leite de amêndoa é o líder da categoria, respondendo por 59% do total da categoria, e o crescimento do leite de aveia é o segundo maior segmento, crescendo mais de 44 vezes nos últimos três anos, representando agora 17% das vendas da categoria, acima de apenas 0,5% em 2018”.
Além disso, outras categorias lácteas à base de plantas apresentaram crescimento, é o caso do iogurte a uma taxa de 9%, três vezes mais do que o iogurte de origem animal, o queijo vegetal com 7%, aqui vale mencionar que o queijo tradicional caiu 2%, e os sorvetes à base de plantas e sobremesas congeladas com 31% de crescimento nos últimos dois anos, chegando a um valor de US$ 458 milhões.
Carne vegetal
Sobre a carne vegetal, um dos alimentos alternativos mais populares, é destacado que as vendas em 2021 chegaram a US$ 1,4 bilhão em vendas, crescendo 74% nos últimos três anos.
Realizando uma comparação por unidade, isso significa que a carne de origem animal cresceu 8% nos últimos três anos, mas a carne vegetal cresceu 51% durante esse período, ou seja, mais de seis vezes do que o outro produto.
Ademais, a participação em dólares da carne vegetal foi de 2,7% em vendas de carne embalada no varejo de 2021, portanto, 1,4% da categoria total da carne (incluindo aqui as carnes com peso aleatório).
O relatório é claro ao afirmar que os hambúrgueres à base de plantas continuaram a ser o produto líder na categoria de carnes plant-based, porém, as empresas estão oferecendo mais opções para os consumidores.
Como curiosidade, os tipos de produtos que mais cresceram no ano passado foram os seguintes:
- Almôndegas plant-based.
- Nuggets de frango plant-based.
- Tenders e costelas plant-based.
- Fatias de delicatessen.
Os frangos tiveram um grande papel nesse mercado, o produto à base de plantas foi um líder em crescimento no ano de 2021. Já os frutos do mar também se apresentam como uma oportunidade: o setor chegou a US$ 14 milhões, crescendo 14%, mas ainda tem pouca participação no mercado (1%).
Nesse ano, já falamos sobre a rodada da Next Gen Foods — empresa no setor de frango vegetal, detentora da marca TiNDLE — após levantar US$ 100 milhões, seus planos são levar o frango para os Estados Unidos.
Ovos plant-based
Os ovos à base de plantas foram um destaque dos alimentos plant-based nos EUA.
A categoria teve um aumento de 42% em vendas no ano de 2021, crescendo mais de 1.000% nos últimos três anos. Ademais, as vendas de ovos de origem animal caíram 4% no ano de 2021.
O produto representa 0,6% do mercado total de ovos, para ter uma ideia a três anos atrás esse número era de 0,05%.
Visão da especialista
Julia Emmet, Diretora Sênior de Parcerias de Varejo da Plant Based Foods Association, falou na comunicação:
“O aumento sustentado na participação de mercado de alimentos à base de plantas é notável e deixa claro que essa mudança veio para ficar. Cada vez mais consumidores estão se voltando para opções à base de plantas que se alinham com seus valores e desejam ter um impacto na saúde pessoal e planetária”, informando que os varejistas e fornecedores de food service estão atendendo aos consumidores onde eles estão, realizando parcerias com marcas para expandir o espaço, aumentando as provisões de produtos e facilitando para encontrar e comprar esses produtos.
“O impacto potencial dessas iniciativas se estende muito além da prateleira da loja: ao levar as preocupações do consumidor a sério, a indústria está adotando ativamente seu papel como um fator-chave de mudança que nos aproxima de um sistema alimentar seguro e sustentável”, ela concluiu.
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*Imagem de capa ilustrativa: Pexels
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