Quer saber sobre o valor de venda de alimentos plant-based?

Um relatório da Bloomberg Intelligence apontou que a venda global de alimentos plant-based no varejo pode atingir US$ 162 bilhões até 2030. Dessa forma, esse valor corresponderia a 7,7% do mercado global de proteínas esperado de US$ 2,1 trilhões. Os produtos que terão maior prevalência no mercado serão o leite e laticínios, bem como a carne. 

Também é informado que até 2025 o mercado de carne alternativa plant-based irá crescer até US$ 28 bilhões. É afirmado no relatório: “Se as vendas e a penetração de produtos lácteos e carnes alternativas continuarem a crescer, o mercado global de alternativas baseadas em vegetais poderá aumentar de US$ 29,4 bilhões em 2020 para US$ 162 bilhões na próxima década”. 

A carne alternativa chegará a US$ 74 bilhões em vendas na próxima década (em 2020 o número de vendas era US$ 4,2 bilhões), devido a maior disponibilidade desse produto e crescimento das grandes marcas, e os laticínios poderão atingir US$ 62 bilhões no mesmo período (em 2020 estavam em US$ 23 bilhões), devido a novas formulações e produtos, bem como a procura por bebidas mais sustentáveis e saudáveis. 

Jennifer Bartashus, analista sênior de consumo básico da Bloomberg Intelligence, relatou para a Supermarket News: “[…] Nossa análise de cenário sugere que a indústria de alimentos vegetais tem o potencial de se enraizar como uma opção viável em supermercados e restaurantes. As alternativas de carne e laticínios podem até obter 5% e 10% de suas respectivas participações no mercado global na próxima década”.

Sobre o mercado plant-based, a região que apresentará a maior porcentagem globalmente será a Ásia, atingindo US$ 64,8 bilhões em vendas até 2030, já a Europa e a América do Norte representarão mais de US$ 40 bilhões nesse mesmo período. Também foi estimado que a América Latina chegará a US$ 8,8 bilhões, enquanto no Oriente Médio e na África o valor será de US$ 8,2 bilhões. 

Alguns dos fatores que permitem o crescimento do mercado plant-based é a preocupação de como alimentar a população com seu respectivo crescimento global, e os consumidores que desejam trocar a carne de origem animal por produtos mais saudáveis. Também é dito que os flexitarianos terão um papel nesse aumento do mercado, eles são um terço da população nos EUA, consomem produtos vegetarianos, porém, ocasionalmente comem carne. Além disso, 5% da população global se identifica como vegana. 

O público alvo que prioriza a carne alternativa tende a ter filhos, possuir educação universitária e uma renda anual de mais US$ 50 mil

A sustentabilidade também é um ponto-chave para a compra de leites vegetais, porém, apesar de utilizarem menos água do que o leite de vaca, esse recurso natural varia bastante. Um exemplo é que o de amêndoas leva 371 litros de água para produzir um litro de leite, já o de soja utiliza somente 28 litros para fazer a mesma quantidade. Mesmo assim, esses valores são menores que o leite de vaca, que fica em 628 litros de água. 

Além disso, a intolerância a lactose também aumenta essa demanda: 75% da população global sofre desse transtorno. 

É possível ler o relatório completo da Bloomberg, em inglês, gratuitamente: Plant-Based Foods Poised for Explosive Growth

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