A Starbucks anunciou que removerá a cobrança adicional para leites não lácteos em todas as suas lojas próprias nos Estados Unidos e no Canadá. A mudança entrará em vigor no dia 7 de novembro, coincidentemente com o lançamento do menu sazonal de festas da empresa. Assim, os clientes poderão personalizar suas bebidas com opções como leite de amêndoa, soja, coco ou aveia sem custos adicionais.

Segundo o CEO da Starbucks, Brian Niccol, essa decisão reflete um esforço mais amplo para simplificar a experiência do cliente e facilitar as personalizações. “O que é fundamental na Experiência Starbucks é a capacidade de personalizar sua bebida para torná-la sua. Ao eliminar a taxa extra para leites não lácteos, estamos abraçando todas as formas como nossos clientes apreciam suas bebidas”, comentou Niccol.

Atualmente, a troca por leites vegetais é a segunda personalização mais popular entre os consumidores da Starbucks, ficando atrás apenas da adição de um shot extra de espresso. A empresa estima que essa mudança resultará em uma redução de mais de 10% no preço para quase metade dos clientes nos EUA que atualmente pagam pela opção de leite não lácteo em suas bebidas.

Anos de ativismo da PETA

A alteração na política é resultado de anos de pressão de organizações como a PETA, que vem se opondo à taxa sobre leites não lácteos desde 2022. O ativismo incluiu mais de 100 dias de protestos na sede da Starbucks em Seattle, apelos de apoiadores famosos como Paul McCartney, e um comercial satírico com o ator James Cromwell, que interpretou um executivo fictício da Starbucks que lucra com a disposição dos consumidores conscientes ambientalmente de pagar mais por opções veganas. O anúncio destacou preocupações ambientais, como o papel da produção de laticínios nas emissões de gases de efeito estufa, retratando o personagem de Cromwell como alguém que prioriza os lucros corporativos em detrimento do impacto ambiental.

A eliminação da taxa por leites vegetais na América do Norte segue iniciativas semelhantes da Starbucks em outros mercados internacionais, como Reino Unido, Alemanha e França, onde as taxas por alternativas à base de plantas foram eliminadas nos últimos dois anos.

Niccol, que assumiu o cargo de CEO em agosto após liderar a Chipotle, posiciona a remoção da taxa como parte de um esforço para revitalizar a imagem da marca como uma cafeteria acessível e inclusiva. Ele declarou: “Comprometi-me a reorientar a Starbucks, focando no que sempre nos destacou – um café acolhedor onde as pessoas se reúnem, e onde servimos o melhor café, artesanalmente preparado por nossos talentosos baristas. Esta é apenas uma das muitas mudanças que faremos para garantir que uma visita à Starbucks valha a pena a cada vez.”

Confira a matéria publicada no vegconomist.

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