A Kura Foods é uma marca que comercializa smoothies plant-based e veganos, que surgiu a partir do interesse da colombiana-americana Stephany Azuero por temas de nutrição, bem-estar e rotina.
Ao voltar para o Brasil, ela conheceu a cofundadora Anna Bianca Martins a partir de seu marido, que tem uma amizade com um colega de faculdade casado com Anna. Portanto, a Kura Foods surge como um projeto no final de 2020, cuja ideia é levar a cura através da alimentação, daí o nome da empresa.
Os smoothies plant-based são inovadores
Os smoothies da marca vêm ultracongelados e o consumidor bate em casa, existem vários sabores e o legal é que cada um tem uma determinada propriedade:
- Anti-inflamatória — Clean & green.
- Antioxidante — Avo Shake, Mango Detox e Papaya Fresh.
- Detox de materiais pesados — Glow Tropical.
- Digestão — Papaya Fresh, Clean & Green e Power Pink.
- Hidratação — Mango Detox.
- Imunidade — Power Pink.
- Pele luminosa — Glow Tropical.
- Tônus muscular — Avo Shake.
Anna Martins explicou: “O nosso produto é inédito no mercado brasileiro. Fora do Brasil você até encontra smoothies pré-prontos, mas aqui não existe nada como o nosso produto. Existem muitas marcas de suco de diversas formas, mas é diferente de um smoothie. Para o suco é extraído o sumo dos ingredientes, enquanto o smoothie utiliza a fruta e os demais ingredientes de forma integral, nossa ideia é facilitar hábitos e práticas saudáveis para o corpo e a mente das pessoas”.
A marca também lançou recentemente a Bolsa Térmica Kura Foods, com a ideia de auxiliar o cliente a transportar os smoothies plant-based para o trabalho e para viagens curtas, por exemplo.
No momento, a empresa atende a cidade de São Paulo e algumas regiões da Grande São Paulo.
Como surgiu a Kura Foods?
O processo de criação da empresa envolveu pesquisas e testes.
“Pesquisamos muito no mercado brasileiro e externo, quais opções existiam e quais opções eram bem recebidas, até chegar nos nossos produtos dos smoothies”, comentou Stephany, apontando que houve beta-testing.
Anna explicou: “Logo nas primeiras conversas que tivemos, chegamos a conclusão de que o mundo não precisa só de mais um produto sem nenhum propósito, colocar mais um produto na rua para quê? Por que a Kura existe, no que nós acreditamos, o que nós queríamos agregar e como nós podemos melhorar a vida dos clientes e das pessoas com quem temos contato? Desde a nossa ideia de valor, de comprar do pequeno produtor de orgânicos até levar essa questão de bem-estar, tanto em produto quanto em conteúdo para as pessoas, esse é o nosso objetivo e o produto acaba sendo um facilitador”.
A formulação dos smoothies plant-based começou com testes em casa, oferecendo pilotos para as pessoas experimentarem e realizando um blind testing para compreender melhor o paladar do brasileiro, ainda, a empresa contou com o apoio de uma engenheira de alimentos e de uma nutricionista.
Ademais, Stephany Azuero está se formando em um curso de nutrição e health coaching no Institute for Integrative Nutrition, ela relatou: “Eu também trouxe várias ideias e aprendizagens do curso para atingir e pensar em formulações que tenham propósito, todos os ingredientes são muito bem pensados para não serem apenas gostosos e atender ao paladar, mas também para trazer benefícios”.
A marca priorizou a sustentabilidade no seu processo de criação, adquirindo produtos orgânicos de distribuidores que compram de pequenos produtores, otimizando o processo de formulação para aproveitar o alimento ao máximo com a engenheira de alimentos e em sua embalagem, já que ao perceber que precisariam de uma embalagem plástica para comportar o produto — pelas questões de peso e temperatura — optaram pelo plástico feito de cana-de-açúcar I’m Green.
“Pensamos em todas as etapas na forma como a marca teria menos impacto e seria mais sustentável”, finalizou Anna.
A empresa pretende aumentar seu portfólio de smoothies plant-based no futuro
Um dos desafios que a marca enfrentou foi toda a questão burocrática para abrir uma empresa no Brasil, entretanto, Anna Martins também destacou: “Quando falávamos com as pessoas que já consumiam smoothies, normalmente elas achavam que se tratava de polpa ou que era algo numa garrafinha para beber, essa questão de entender que teriam que abrir um pacotinho e lá teriam todos os ingredientes ultracongelados para bater em casa, foi um desafio”.
Para auxiliar nesse entendimento, a empresa utiliza muito do Instagram para interagir com o consumidor e demonstrar como consumir o produto e inseri-lo no dia a dia.
Outro desafio enfrentado é a logística de entregar um produto congelado no Brasil, a empreendedora afirmou: “Em outros mercados, como você transporta o congelado ou como envia pelos correios é mais simples do que aqui, onde encontramos barreiras”.
Para o futuro, a empresa pretende expandir para outras cidades e regiões do Brasil, lançar a assinatura para a entrega recorrente de smoothies plant-based e aumentar o portfólio, tanto em sabor como em outros produtos. “Uma de nossas maiores metas é ser uma referência em marca, produto e conteúdo no mundo vegano e no mundo de bem-estar”, ressaltou Stephany.
Mercado plant-based e inspirações das empreendedoras
Nós do Vegan Business sempre estamos falando sobre o crescimento do mercado plant-based.
O mercado de smoothies — de forma geral, sem considerar somente produtos veganos — está apresentando crescimento. Segundo o Technavio, poderá crescer US$ 7,03 bilhões entre 2021 e 2025, muito impulsionado pela conscientização sobre saúde e a mudança nos hábitos alimentares e estilo de vida dos consumidores.
Anna também tem essa percepção: “Cada vez mais as pessoas têm essa consciência e preocupação com o que elas estão consumindo, atentas ao impacto daquilo que elas consomem, como as gerações mais novas, Z e alpha. Acredito que tem muito espaço e potencial para crescer no mercado plant based, com um consumo mais consciente não só na alimentação, mas de forma geral”. Já Stephany adicionou: “Estamos muito felizes de poder estar nesse mercado atualmente e oferecer mais um produto legal”.
A inspiração das empreendedoras
Se estamos falando em empresas, também temos que pensar no que nos inspira.
Anna cita seus próprios clientes — e a alta taxa de recorrência — dizendo que perceber o propósito da marca dando certo é uma grande inspiração. Enquanto isso, Stephany aponta as outras pequenas empresas do mundo plant-based, relatando que essas marcas e parcerias incentivam a seguir em frente.
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*Imagem: Divulgação Kura Foods