Uma rodada de investimento refere-se a um estágio específico de captação de recursos por parte de uma empresa, geralmente uma startup, para financiar seu crescimento e desenvolvimento. Durante uma rodada de investimento, a empresa busca captar investimento de pessoas como investidores de capital de risco, fundos de investimento, investidores-anjo, ou até mesmo grandes empresas interessadas em investir em startups promissoras.

As rodadas de investimento são geralmente denominadas com letras, como “Série A”, “Série B”, “Série C” e assim por diante, para indicar diferenças de maturidade da empresa e o montante de investimento esperado. Cada rodada tem seus próprios objetivos e termos de investimento, e a empresa em questão normalmente precisa cumprir certos marcos ou demonstrar um progresso significativo para atrair o interesse de investidores para as próximas rodadas.

Rodada de investimento

Pré-seed

A rodada préseed, voltada para startups com projetos que ainda estão bem no início, possui foco na ideia dos fundadores, já que não existem tantos dados ou indicadores concretos para avaliação. Geralmente, o tamanho da rodada vai de R$ 100 mil até R$ 1 milhão.

Seed

Nessa etapa, os recursos levantados costumam ser empregados no aprimoramento do produto e no aumento da equipe. É importante destacar que, por vezes, pode ser necessário realizar uma extensão da rodada seed, com o objetivo de permitir que a empresa alcance a próxima fase, conhecida como Série A.

No Brasil, o valor dessa rodada geralmente varia entre R$ 200 milhões e R$ 2 milhões. Essa quantia geralmente utilizada para financiar atividades de expansão, tais como melhorias no produto, investimentos em marketing e aquisição de novos talentos para a equipe.

É fundamental que a empresa aproveite essa fase para consolidar sua posição no mercado, conquistar novos clientes e solidificar sua base de usuários. A rodada Série A é crucial para o crescimento sustentável e para atrair investidores interessados em contribuir para o futuro da empresa.

Série A

A Série A é direcionada para empresas que já alcançaram uma posição sólida no mercado. Geralmente, os recursos captados são destinados a aprimorar a base de usuários existentes e desenvolver novas ofertas de produtos e serviços.

Nessa fase, os investidores são mais criteriosos e se concentram em dados concretos, como o plano de negócios de longo prazo das startups para expandir para novos mercados, além de analisar o histórico de resultados obtidos com investimentos anteriores.

O valor captado na Série A varia geralmente entre R$ 2 milhões e R$ 20 milhões em muitos casos. Esses investimentos garantem o crescimento e a consolidação da empresa no mercado, preparando-a para a próxima fase de desenvolvimento, como a Série B.

Série B

Nessa etapa, a empresa busca mais escalabilidade. Portanto, é comum promover uma expansão significativa da equipe, otimização dos processos internos e maior do alcance no mercado. Além disso, muitas empresas aproveitam essa fase para adquirir outras empresas que podem alavancar seus negócios. Os valores envolvidos nestas rodadas costumam ser altos, geralmente acima de R$ 30 milhões.

Para ilustrar esse cenário, podemos citar o caso da Fazenda Futuro, que obteve um investimento de R$ 115 milhões na Série B em 2020. Naquela época, o objetivo era expandir a empresa e alcançar novos mercados, além de aumentar a variedade de produtos oferecidos.

Série C

O objetivo da Série C é acelerar o negócio, ou seja, empresas que crescem de forma rápida e desejam se consolidar no mercado, podendo ter como meta a expansão para territórios internacionais ou o desejo de adquirir outros negócios que auxiliem a empresa.

Demais rodadas

As rodadas seguintes acontecem de acordo com o estágio que as empresas estão, portanto, cada um reflete a maturidade do negócio.

Os investimentos que se seguem mostram que os fundos de capital acreditam e investem ainda mais para que a empresa conquiste seus objetivos e dê lucro.

Aqui temos, por exemplo, rodadas da Série D, E, F, que se seguem até a empresa realizar sua estreia na bolsa de valores.

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Imagem de capa: Pexels

Por Ana Cristina Gomes em 26 de julho
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