A MeliBio, foodtech da Califórnia, levantou US$ 5,7 milhões em uma rodada seed para dimensionar a tecnologia proprietária de fermentação de precisão e comercializar o mel feito sem abelhas. 

O investimento foi liderado pelo Astanor Ventures, investidor de impacto, além de contar com as participações da Big Idea Ventures, 18 Ventures, Skyview Capital, XRC Labs, Collaborative Fund, Midnight Venture Partners, Alumni Ventures, Siddhi Capital, Climate Capital Collective, Red Bridge Ventures, VegCapital, HackVentures e investidores anjos dos grupos Vevolution e GlassWall Syndicate.

Darko Mandich, CEO e cofundador da MeliBio, apontou em um comunicado: “Sabemos que a ciência pode produzir um mel delicioso e nutritivo, que é molecularmente idêntico ao mel tradicional, sem nenhum custo para nossas preciosas abelhas. Na MeliBio, estamos aqui para introduzir segurança na cadeia de suprimentos e ajudar as empresas a simplificar o fornecimento de mel, ao mesmo tempo em que tornam suas formulações à base de mel sustentáveis ​​e deliciosas. Junto com nossos clientes, podemos melhorar o futuro do mel, tanto para os humanos quanto para as abelhas”. 

Detalhes sobre o mel sem abelhas

O produto da empresa é feito à base de plantas, a invenção foi nomeada como uma das melhores invenções pela TIME em 2021. Para desenvolver o alimento, são utilizadas a fermentação de precisão, ciência de plantas e biologia sintética. 

Christina Ulardic, sócia da empresa investidora Astanor Ventures, destacou: “Estamos entusiasmados com a abordagem da MeliBio na construção de uma tecnologia de alimentos de última geração que conecta ciência de plantas e fermentação de precisão”. 

O objetivo da MeliBio é fornecer o produto para empresas das áreas de alimentos, bebidas e cosméticos, que desejam ingredientes sustentáveis e veganos para atingir a demografia de consumidores plant-based, ambientalmente conscientes e que priorizam os produtos de beleza limpa. 

Atualmente,  a indústria do mel está avaliada em US$ 10 bilhões e passa por desafios, como: cadeias de suprimentos complexas e quebradas, volatilidade de preços, rendimentos reduzidos e problemas de qualidade. Ainda, existem os efeitos da crise climática, pois a indústria está causando o declínio da biodiversidade de 20 mil abelhas selvagens e nativas. 

A indústria do mel tradicional é cruel: os animais morrem por intoxicação, calor ou esmagados para a extração dos favos. Além dessa questão, é necessário pensarmos na grande importância que esse inseto desempenha: conforme o World Bee Day, esses insetos são responsáveis pela polinização de quase três quartos das plantas que produzem 90% dos alimentos do mundo. 

Portanto, podemos observar o papel essencial que esses animais desempenham. 

Sobre a MeliBio 

A empresa foi fundada por Aaron M. Schaller (cientista e chef amador) e Darko Mandichano (executivo da indústria do mel) no ano de 2020.

O primeiro produto, voltado para o business to business e food service, foi apresentado em outubro de 2021. Antes, houve um teste cego de sabor com líderes da indústria que provou que o sabor era indistinguível do mel de origem animal. 

Um dos primeiros investidores da MeliBio foi o Big Idea Ventures. Andrew D. Ive, sócio-gerente geral da empresa investidora, falou: 

“Ficamos felizes em ser os primeiros investidores na MeliBio em 2020. Vimos os fundadores da empresa entregarem sua grande ideia de mel sustentável, passando do conceito para a escala real de produção e reforçando nossa confiança nesta grande equipe. […] Estamos muito empolgados em reinvestir e construir nossa parceria nesta equipe incrível à medida que aceleram a distribuição do mel MeliBio nos Estados Unidos e globalmente”.

Até o momento, a empresa já conseguiu levantar US$ 7,2 milhões em toda sua história. 

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*Imagem de capa: Divulgação MeliBio | Foto: Business Wire

Por Amanda Stucchi em 18 de março
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