Leonardo DiCaprio é um ativista da causa ambiental há muito tempo. O ator, mais conhecido por seus papéis em filmes como “Titanic, “A Origem” e “O Lobo de Wall Street”, criou em 1998 a fundação LDF (Leonardo DiCaprio Foundation) cuja missão é proteger os últimos lugares com vida selvagem na Terra, restaurando o equilíbrio do ecossistema.
Já neste mês, o ambientalista foi às redes sociais divulgar uma imagem de um hambúrguer da Beyond Meat, pedindo aos seguidores que considerem a opção vegetal no lugar da carne bovina. “Cada pessoa pode ajudar o planeta e reduzir as mudanças climáticas com uma pequena escolha a cada semana. Junte-se a mim e a Beyond Meat em nossa missão de repensar o futuro dos alimentos”, escreveu o artista.
Já na própria imagem, está escrito que se todos os estadunidenses substituíssem a carne animal com um hambúrguer à base de plantas uma vez por semana, resultaria o equivalente de tirar 12 milhões de carros da estrada.
A imagem, compartilhada a mais de 19,5 milhões de seguidores no Twitter e 18 milhões de seguidores do Facebook, ressalta a crise climática iminente por conta do consumo animal.
Mais sustentável
De acordo com um estudo da Universidade de Michigan, produzir um Beyond Burger usa 99% menos água, 93% menos terra, 46% menos energia e emite 90% menos gases estufas que a carne bovina.
Para quem não sabe, DiCaprio é um dos investidores iniciais da Beyond Meat, e usa a fama para trazer consciência ambiental. “A produção de gado é um dos principais contribuintes para as emissões de carbono”, disse DiCaprio sobre seu investimento em 2017. “Mudar de carne animal para as carnes à base de plantas desenvolvidas pela Beyond Meat é uma das medidas mais poderosas que alguém pode tomar para reduzir seu impacto em nosso clima.”
Mas ele não parou por aí: também investiu em outras marcas veganas como a Califia Farms, que produz leites vegetais, e a Hippeas, que vende salgadinhos de grão de bico. Já em 2018, o ator fez uma parceria com a primatologista Jane Goodall para lançar uma coleção de roupas veganas chamada “Don’t Let Them Disappear”, ou “Não deixe que eles desapareçam”, para apoiar a conservação dos macacos.
Mais participações de Leonardo DiCaprio
Leo trabalhou como produtor-executivo do documentário “Cowspiracy” (2014), lançado em 2015 na Netflix, e, em 2016, produziu o “Before the Flood” (em português “Seremos História?”) sobre mudanças climáticas. Nove anos antes, narrou e produziu o documentário “A Última Hora”, também sobre questões ambientais.
No último agosto, Leonardo DiCaprio criticou a postura do governo Bolsonaro em relação aos incêndios na Amazônia em 2019 e 2020. “O presidente do Brasil está sob pressão internacional para conter os incêndios, mas ele duvidou publicamente da gravidade deles no passado, alegando que oponentes e comunidades indígenas foram os responsáveis”, iniciou.
“Os incêndios florestais na Amazônia no ano passado foram devastadores o suficiente, mas com o clima mais seco este ano, assim como a pandemia do coronavírus que matou mais de 99 mil brasileiros, há uma preocupação crescente de que o desmatamento em andamento não esteja recebendo atenção suficiente”, escreveu no Instagram. Citou dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para mostrar o aumento de 28% dos incêndios de julho de 2020 a julho de um ano atrás. Em 2019, quando os incêndios chocaram o mundo, o ativista doou US$ 5 milhões (à época, equivalente a R$ 20,8 milhões) ao Fundo Floresta Amazônica.
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