A Loki Foods, startup islandesa, levantou US$ 650 mil em uma rodada pré-seed, participantes do investimento incluem Kale United, MGMT Ventures, VegInvest, Sustainable Food Ventures, FoodHack e Lifely VC. A empresa utilizará o valor para desenvolver sua linha de frutos do mar alternativos, como seu filé de bacalhau plant-based, bem como realizar melhorias operacionais. 

O empreendimento destaca que sua missão é oferecer para o mundo alimentos plant-based sustentáveis do Ártico (região que também contempla parte da Islândia) sem comprometer o sabor, textura, nutrição, preparação do prato e acessibilidade. 

O filé de bacalhau plant-based 

O bacalhau da empresa, além de não utilizar animais em sua produção, também é mais sustentável, já que necessita de menos terra e água, quanto aos nutrientes, o peixe plant-based da marca possui ômega 3 e 6, proteínas e vitaminas. 

Outras vantagens são a ausência de antibióticos e microplásticos, questões que podem afetar a saúde das pessoas que consomem esses produtos. 

“O bacalhau é um dos frutos do mar mais populares. E na Islândia, a capital mundial dos frutos do mar, conhecemos o bacalhau. Nós até chamamos isso de “ouro branco”. No entanto, a captura vem caindo rapidamente há décadas. Medidas de sustentabilidade, como reconstruir populações e reduzir as taxas de pesca, falharam em todos os lugares. Para ter uma captura sustentável, precisamos de uma opção à base de plantas que possa ajudá-lo a reduzir sua ingestão!”, adicionou a empresa em sua rede social. 

A maior parte da economia do país é devido aos frutos do mar. Para ter uma ideia, a pesca representa 40% das exportações da região, com o país tendo produzido 1,3 milhões de toneladas de peixe em 2018, incluindo aqui os molúsculos e crustáceos, conforme apontou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD).  

Até o momento não houve a divulgação do processo tecnológico que a empresa utiliza para os peixes plant-based. 

Sobre a Loki Foods 

A empresa foi fundada por Chris McClure (CEO) e Björn V. Aðalbjörnsson (CSO), no começo de 2022. Conforme apontou o FoodHack, Chris McClure é vegano e percebeu o aumento de demanda por produtos plant-based no país, fundando a empresa com seu sócio. 

O nome escolhido para o empreendimento deriva da mitologia nórdica, já que Loki  é um deus que também se transformou em um peixe. Outro significado para a palavra é “nós” (daqueles que são amarrados, como nas redes de pesca). 

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*Imagem de capa: Divulgação Loki Foods

Por Amanda Stucchi em 9 de agosto
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