Campanha da Veganuary, desafio vegano que foca em atrair pessoas para experimentar o veganismo em janeiro, acaba influenciando mudança mais permanente de consumo

A Veganuary, organização global que incentiva as pessoas a experimentarem o veganismo em janeiro e no resto do ano, divulgou os resultados de sua pesquisa de acompanhamento de seis meses com os participantes do Veganuary 2023 (#janeirovegano). Dos participantes, 80% afirmaram estar comendo 50% menos carne, laticínios e ovos, além de 1/3 ainda seguirem com uma dieta totalmente vegana. “Isso mostra que para além de estarem com uma dieta mais saudável e compassiva, os participantes do janeiro vegano se tornam potenciais novos consumidores de produtos feitos à base de plantas”, salientou Fernanda Morena, diretora da Veganuary no Brasil. 

A dieta vegana significou melhorias evidentes à saúde para 62% dos participantes. Aumento de energia (58%), melhora no humor (57%), melhora na pele (51%) e mudança no peso corporal (43%) foram os aspectos mais relatados. Daqueles que não são totalmente veganos, 96% disseram que provavelmente tentarão uma dieta vegana novamente no futuro. A pesquisa foi enviada pela Veganuary para 469 mil pessoas que se inscreveram durante a campanha de 2023. Ao todo, 6.967 pessoas responderam.  

Desafio Vegano e o Mercado 

Cresce a cada ano o número de pessoas que deixam de consumir produtos de origem animal ou testados em animais. Dados de 2021 da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) mostraram que 46% dos brasileiros já deixam de comer carne por vontade própria pelo menos uma vez por semana. Além disso, levamentamento de 2022 da Sociedade Vegetariana Brasileira revela que 55% dos brasileiros consumiriam mais produtos veganos se estivessem indicados na embalagem. Um estudo da Allied Market Research aponta que o mercado vegano foi avaliado em US$ 19,7 bilhões em 2020, apresentando expectativa de crescimento para mais de US$ 36,3 bilhões até 2030. 

A Veganuary no momento está planejando uma nova edição do #janeirovegano, que vai contar pela primeira vez com marcas – veganas e não veganas, para se aproximar desse novo público de mercado. “Nossa campanha proporciona um ambiente acolhedor para que consumidores se sintam inspirados a experimentar suas marcas já conhecidas ou alimentos preferidos nas suas versões à base de plantas. Mexemos na demanda para que haja uma transformação corporativa em termos de oferta e no sistema de produção alimentar, pontos cruciais na luta contra a crise climática.”, destaca Fernanda.  

A pesquisa pode ser acessada na íntegra, em inglês, aqui

Imagem de capa: Unsplash

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Por Nadia Gonçalves em 1 de outubro
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