A Umaro Foods é uma startup estadunidense que levantou US$ 3 milhões em uma rodada seed, o valor auxiliará a levar o bacon feito de algas marinhas para o mercado. 

O investimento foi liderado pela AgFunder, com participações da Alexandria Venture Investments, Ponderosa Ventures, Impact Science Ventures, Clear Current Capital, Sustainable Food Ventures e Ahimsa Foundation. 

“Estamos construindo um sistema alimentar que sustenta um planeta selvagem e próspero. Começando em um lugar surpreendente — o oceano”, destacou a empresa. 

Bacon feito de algas marinhas 

Para criar os produtos, é utilizado uma tecnologia proprietária que converte as algas marinhas na proteína vermelha chamada umaro. 

Beth Zotter, cofundadora da Umaro Foods, falou em um comunicado: “As algas marinhas oferecem a maneira mais sustentável e de menor impacto de obter proteína, e o oceano é nosso maior biorreator de proteínas. Não requer terra, água doce e fertilizantes sintéticos. No futuro, as algas irão suprir a maioria das nossas necessidades de proteína”. 

O processo tecnológico não foi divulgado, entretanto, o primeiro produto da empresa é o bacon à base de plantas, que afirmam ser tão bom quanto o bacon de origem animal. 

As inovações do produto são as seguintes: 

  • A proteína umaro serve como substituto para o heme, molécula de proteína vermelha com o objetivo de fazer a carne à base de plantas “sangrar” o que faz com que tenha um sabor mais parecido com a carne de origem animal. 
  • Utiliza ingredientes à base de algas marinhas para encapsular os óleos vegetais em uma gordura semelhante à gordura animal. 

A empresa pretende lançar o bacon feito de algas marinhas em restaurantes selecionados no segundo trimestre de 2022. 

“Os consumidores podem ficar empolgados em comer algo que tem gosto, cheiro e desempenho igual ao bacon, e temos o primeiro produto à base de plantas com a capacidade de conquistar participação de mercado do bacon animal”, acrescentou Beth. 

O bacon é um alimento bem consumido nos Estados Unidos, quem nunca ouvir falar sobre o costume de se comer ovos com bacon no café da manhã? Provavelmente, você já deve ter visto isso em algum filme. 

Segundo o Statista, com base nos dados dos Censo dos EUA e da Simmons National Consumer Survey, foram 268,04 milhões de pessoas do país que consumiram bacon no ano de 2020. 

Para fazermos uma comparação rápida, a população total da região era de 329,5 milhões no mesmo ano, conforme o Banco Mundial. Dessa forma podemos perceber que o consumo é bem alto, isso prova a importância de termos cada vez mais opções desse tipo de carne à base de plantas disponível por lá. 

Sobre a Umaro Foods 

Quer saber mais sobre a empresa? 

Sediada na cidade de Berkeley, o empreendimento foi fundado pela empreendedora de tecnologia Beth Zotter (CEO) e bioquímica de plantas Amanda Stiles (CTO). 

Tudo começou com um projeto de sistemas de cultivo de algas marinhas offshore, mas, atualmente o foco está em fornecer produtos alimentares desenvolvidos com a proteína umaro. 

Anteriormente, a empresa tinha o nome de Trophic, nesse período, as empreendedoras conquistaram US$ 6 milhões em prêmios de pesquisa científica e tecnológica. 

Uma curiosidade é que as cofundadoras irão aparecer no famoso programa Shark Tank — game show onde os empreendedores apresentam suas ideias e podem receber investimentos para o negócio — programado para o dia 1 de abril no canal estrangeiro ABC. 

“O bacon é o santo graal dos alimentos à base de plantas, e nossa fórmula inovadora é um divisor de águas na categoria”, adicionou Beth Zotter sobre o produto.

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*Imagem de capa: Divulgação Umaro Foods

Por Amanda Stucchi em 30 de março
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