Um relatório da Cb Insights tem informações sobre as startups que utilizam inteligência artificial, referentes ao terceiro trimestre de 2021. Houve um recorde nos investimentos — chegando a US$ 17,9 bilhões — com um aumento de 8% em investimentos e 43% em negociações. 

Além disso, 13 startups que utilizam inteligência artificial foram consideradas unicórnios, entre elas a NotCo. Essa foodtech levantou US$ 235 milhões e se tornou uma empresa unicórnio, termo para quem tem valuation de US$ 1 bilhão antes de entrar na bolsa de valores. 

Nós já falamos de outras empresas plant-based que se tornaram unicórnios. A NotCo não é a única, outros exemplos são a Eat Just, Impossible Foods, Misfits Market e Sweetgreen. 

O relatório não considera somente as startups de inteligência artificial no ramo de alimentação, mas é um fato que essa tecnologia está sendo utilizada em cada vez mais espaços. 

A inteligência artificial pode ser definida dessa forma: quando as máquinas ou sistemas imitam a inteligência dos humanos, visando fazer tarefas e se aprimorar com base nas informações que conseguem coletar.  

No caso da NotCo, a inteligência artificial que utilizam é o Giuseppe – um algoritmo de IA que aprende e estuda combinações infinitas de plantas, dessa forma conseguem criar produtos semelhantes aos de origem animal. 

“A Inteligência Artificial está aprendendo tudo da vida para melhorá-la e é a nossa principal ferramenta para reinventar os alimentos que gostamos de comer. Graças à IA, criamos Giuseppe que aprende e estuda dia após dia, infinitas combinações de plantas que podem replicar produtos de origem animal e torná-los ainda mais ricos”, a empresa afirmou em sua página. 

O portfólio da NotCo é vasto. Existem maioneses (NotMayo), leite (NotMilk), sorvetes (NotIceCream) e hambúrgueres (NotBurger), todos feitos à base de plantas. 

Outras startups que utilizam inteligência artificial

Ficou com curiosidade em conhecer mais startups que utilizam inteligência artificial?

Aqui no Vegan Business já falamos de alguns nomes! 

Temos a Shiru, uma startup que levantou US$ 17 milhões em uma rodada da Série A para comercializar ingredientes veganos em 2022. Em seu processo de criação de ingredientes veganos, utiliza a bioinformática, inteligência artificial e o machine learning para investigar e identificar sequências, estruturas e relações funcionais que determinam se uma proteína é um bom ingrediente alimentar.

Outra startup é a Beyoung, essa é uma marca de produtos de beleza veganos e cruelty free, que está planejando realizar seu IPO nos próximos 5 anos. A marca tem uma inteligência artificial proprietária que visa analisar peles, cujo algoritmo é chamado de Skin ID. Dessa forma, é possível recomendar os melhores produtos para os clientes. 

Por último, também existe a Nuritas — focada em biotecnologia — que levantou US$ 45 milhões na Série B. A marca desenvolve peptídeos bioativos à base de plantas, no processo de criação utiliza a Inteligência artificial e genômica Nπϕ ™ (Nuritas Peptide Finder). Assim, é possível analisar bilhões de peptídeos ocultos nas plantas e fontes de alimentos naturais para verificar como os mesmos afetam nossa saúde.

Como pudemos constatar, as startups que utilizam inteligência artificial estão recebendo muitos investimentos e é possível aplicar essas tecnologias em diversos negócios veganos e à base de plantas. 

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*Imagem de capa: Pexels

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