Cientistas da Universidade Queen Margaret, na Escócia, inovaram ao criar o PALM-ALT, uma alternativa mais saudável e sustentável ao óleo de palma. Esse ingrediente, produzido a partir de um subproduto da indústria de linhaça, combina fibra e óleo de colza.

O óleo de palma é conhecido por seu impacto ambiental negativo, contribuindo para a desmatamento e destruição de habitats na Malásia e na Indonésia. No entanto, devido à falta de substitutos competitivos com propriedades semelhantes, ele ainda é amplamente usado na indústria alimentícia e em outros setores.

Óleo de palma

O avanço na criação de uma alternativa mais sustentável tem o potencial de mitigar as emissões relacionadas ao transporte, bem como o desmatamento. O PALM-ALT pode ser produzido exclusivamente com ingredientes originários do Reino Unido e da UE, e sua fabricação pode ser realizada localmente em diversas partes do mundo. Além disso, este produto, que ostenta um rótulo “clean label”, contém 88% menos gordura saturada em comparação com o óleo de palma, mantendo o mesmo desempenho em aplicações alimentícias, como na panificação.

A Universidade Queen Margaret não está sozinha em seus esforços para substituir o óleo de palma. O Clean Food Group do Reino Unido está empenhado no desenvolvimento de óleo de palma obtido através da fermentação de uma cepa exclusiva de levedura. Além disso, a ÄIO, com sede na Estônia, está transformando resíduos agrícolas e da indústria madeireira em gorduras ricas em nutrientes que têm o potencial de servir como alternativa ao óleo de palma.

De acordo com o Dr. Julien Lonchamp, da Queen Margaret University: “Decidimos desenvolver um novo ingrediente que não só fosse melhor para o ambiente, mas também mais saudável do que a gordura de palma e as alternativas atuais. Nossa equipe patenteou a composição e o processo PALM-ALT e estamos atualmente em discussões com vários parceiros para implementar o novo substituto da palma em nível industrial. Estamos, portanto, interessados em nos conectar com empresas alimentícias que estejam interessadas em substituir a gordura à base de palma em seus produtos usando nosso novo ingrediente.”

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Imagem ilustrativa de capa: Divulgação Universidade Queen Margaret

Por Ana Cristina Gomes em 26 de setembro
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