Uma inovação promissora no campo dos leites à base de plantas, que apresenta um sabor quase idêntico ao dos laticínios tradicionais, está ganhando destaque, de acordo com informações recentes. Enquanto os consumidores atualmente desfrutam de uma ampla gama de alternativas ao leite de vaca, como leite de aveia, arroz, soja e diversas nozes, cada uma com seus próprios benefícios distintos, em breve poderão contar com uma nova opção que não apenas se assemelha ao leite de vaca em sabor, mas também oferece um teor notável de proteína, o leite de cana-de-açúcar.

De acordo com o renomado especialista em microbiologia alimentar, o Professor Mark Turner, da Universidade de Queensland, essa inovadora alternativa acontece a partir da cana-de-açúcar. Essa descoberta tem o potencial de revolucionar o mercado de produtos lácteos à base de plantas.

Leite de cana-de-açúcar

O leite de cana-de-açúcar, conforme explicado pelo professor Turner, é obtido a partir da cana-de-açúcar e seus subprodutos. Através de um processo de fermentação de alta precisão, esses componentes são combinados para criar uma proteína de origem vegetal que se assemelha de forma notável às proteínas encontradas nos laticínios tradicionais. Isso significa que o leite de cana-de-açúcar pode se tornar uma fonte valiosa desse importante macronutriente. Contudo, o professor Turner enfatiza que os benefícios à saúde associados a essa bebida dependem da formulação específica do produto final.

Para dar vida a esse projeto promissor, o governo do estado de Queensland concedeu uma bolsa de US$ 528.000. Esta iniciativa envolve o governo, a empresa Cauldron e o Future Foods BioHub em Mackay, trabalhando em conjunto para desenvolver e produzir este produto inovador.

Sobre o produto

A CEO da empresa Cauldron, Michele Stansfield, compartilhou que o novo produto está sendo desenvolvido como uma oferta complementar. Ela explicou: “Não estamos buscando substituir a cadeia alimentar; nossa intenção é simplesmente complementá-la e fortalecê-la para o futuro.” Michele enfatizou o desejo da empresa de criar um “fluxo de valor alternativo para a indústria açucareira” e observou que a proteína oferece benefícios muito mais abrangentes do que o açúcar.

Ela acrescentou: “Nossa esperança é que isso ajude a estabilizar os preços do açúcar. Dessa forma, reduzindo suas flutuações, e assegure a utilização contínua do açúcar em um mercado nutricional sujeito a volatilidades.” Michele enfatizou que a intenção da empresa não é competir com a indústria existente, mas sim contribuir positivamente para o setor.

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Imagem ilustrativa de capa: Pexels

Por Ana Cristina Gomes em 19 de setembro
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