Falamos aqui no ano passado que as startups brasileiras levantaram US$ 5,2 bilhões em investimentos somente no primeiro semestre de 2021, isso significa que a somatória superou o valor aportado nesse ecossistema ao longo de 2020 em 45%, cujo valor ficou em US$ 3,5 bilhões.

Essas informações foram dadas pelo relatório Inside Venture Capital Report, produzido pelo Distrito Dataminer. Agora a instituição chegou com novos dados, divulgados pela Folha de São Paulo, onde afirma que as startups brasileiras levantaram US$ 9,43 bilhões em investimentos no ano completo de 2021, considerando 779 transações. 

Esse valor é 2,5 vezes maior do que 2020, sendo que no ano passado pudemos ver novas empresas se tornando unicórnios (aquelas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão). 

Startups brasileiras levantaram investimentos e 10 se tornaram unicórnios 

As startups brasileiras levantaram investimentos, sendo assim, 10 se tornaram unicórnios. Quer saber quais?

  • C6 — banco digital. 
  • MadeiraMadeira — varejista de bens para a casa. 
  • Hotmart —  empresa de tecnologia. 
  • Mercado bitcoin — corretora de criptomoedas. 
  • Unico — IDTech. 
  • Frete.com — plataforma de transporte rodoviário. 
  • CloudWalk — instituição financeira. 
  • Merama — grupo de empresas de e-commerce. 
  • Facily — aplicativo de social commerce
  • Olist — ecossistema que oferece soluções para potencializar as vendas on-line de negócios. 

Portanto, é informado pelo Proxxima — do Meio e Mensagem — que com essas novas adições, o Brasil já possui 21 empresas consideradas unicórnios. 

Negociação

Imagem ilustrativa: Unsplash

Os setores que mais receberam investimentos

Quer saber quais setores mais receberam investimentos? 

Conforme o relatório, as startups que mais receberam investimentos foram as famosas fintechs, captando US$ 3,7 bilhões no ano passado em 176 rodadas. Depois, foram as retailtechs (varejo) que obtiveram US$ 1,3 bilhão em 87 transações, seguidas pelas de real estate (imóveis) com US$ 1,07 bilhão em 32 rodadas. 

Outros destaques foram as healthtechs (startups de saúde), levantando US$ 530 milhões em 69 transações, seguida pelo setor de mobilidade com US$ 411 milhões em 20 negociações. 

Isso pode demonstrar os setores em alta para os empreendedores veganos, já que o veganismo pode estar atrelado a outros negócios que vão além das foodtechs.  

Ambiente de startup

Imagem ilustrativa: Unsplash

O estágio da startup e a relação com o investimento 

As startups em estágio inicial receberam a maior quantidade de aportes, aqui foram 279 transações para a fase seed (US$ 320 milhões) e 200 para a fase pré-seed (US$ 47 milhões). 

Apesar dessa notícia boa, os maiores volumes de investimentos foram para as startups mais avançadas, houve 27 transações da Série C, conseguindo US$ 2,04 bilhões no total, enquanto ocorreram 51 rodadas da Série B que captaram US$ 1,92 bilhões.  

Além disso, o volume de investimentos cresceu mais de 60 vezes desde a criação do relatório pelo Distrito em 2011. Para compararmos, em 2011 houve o aporte de US$ 147 milhões, contra US$ 9,4 bilhões no ano passado, um aumento substancial que demonstra que as empresas estão recebendo mais investimentos nos últimos anos. 

Gustavo Gierun, cofundador e CEO do Distrito, comentou ao Proxxima que o motivo da alta de investimentos no ano passado foi a digitalização das empresas, ocasionado em grande parte devido à pandemia do coronavírus. 

Já o aumento de investimentos de 2011 até 2021 pode ser explicado pelo amadurecimento do ecossistema de startups brasileiro, com fundadores preparados, produtos inovadores e soluções diferenciadas. 

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*Imagem de capa: Unsplash

Por Amanda Stucchi em 14 de janeiro
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