A Spiber Inc., uma empresa japonesa de biotecnologia que produz materiais sustentáveis para as indústrias da moda, automotiva e de cuidados pessoais, anuncia que captou mais de 10 bilhões de ienes (cerca de US$ 65 milhões) em capital próprio. A Spiber já captou um total de US$ 489 milhões ao longo de 9 rodadas de investimento.

O investimento, que incluiu adicionais de acionistas existentes, permitirá à empresa acelerar a produção em massa de seus inovadores materiais à base de Proteína Fermentada e facilitar as vendas globais.

Fundada em 2007, a Spiber utiliza fermentação de precisão, polímeros e ciência de materiais para desenvolver alternativas à base de proteínas para materiais de origem animal e petroquímica. Seus polímeros podem ser usados para produzir seda de aranha, lã, caxemira, couro, pele e muito mais. A empresa já opera plantas de biomanufatura na Tailândia e está construindo outra em Iowa, EUA.

Kazuhide Sekiyama, Diretor e Executivo Representante da Spiber, comenta: “Somos gratos pelo contínuo apoio e confiança de nossos investidores, instituições financeiras e empresas parceiras que entendem profundamente o valor de nossa plataforma tecnológica, materiais de desenvolvimento e perspectivas de negócios.”

15 anos de pesquisa

Os materiais de Proteína Fermentada da Spiber foram desenvolvidos e refinados ao longo de 15 anos de pesquisa. Eles foram projetados usando a tecnologia proprietária da empresa, que se concentra em engenharia genética e ingredientes vegetais.

Esses materiais, que incluem fibras, resinas e filmes, têm uma ampla gama de aplicações, com foco principal na indústria de vestuário. Marcas nacionais e internacionais — Yonetomi Seni, The North Face, GOLDWIN, nanamica, The North Face Purple Label, Woolrich, Cavia, Pangia e outras — lançaram produtos apresentando as fibras de proteína da Spiber.

Além da moda, a Toyota Motor Corporation revelou no ano passado o “primeiro veículo do mundo” com interior feito com fibras de Proteína Fermentada. A Shiseido Japan também lançou o material inovador como ingrediente cosmético em 2022.

Ele continua: “Apesar do ambiente desafiador de captação de recursos para startups em meio ao cenário econômico global, conseguimos sustentar nosso crescimento graças ao reconhecimento e às expectativas deles.”

Uma sociedade circular

A Spiber também anunciou planos para expandir seu sistema de produção e plataforma de P&D para atender à crescente demanda e às necessidades de mercado em evolução.

Além de produzir materiais bio-based sustentáveis, a empresa japonesa lançou um projeto de circulação da biosfera promovendo resíduos têxteis biodegradáveis como um novo material. Marcas como Kering, EILEEN FISHER, Johnstons of Elgin e DyStar estão entre seus novos parceiros.

Sekiyama acrescenta: “Permanecemos comprometidos com o estabelecimento e aprimoramento das bases biotecnológicas essenciais para a realização de uma sociedade circular, além de cumprir nossa responsabilidade pela implementação social como pioneiros neste setor.”

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