Estamos no mês do outubro rosa, momento em que é feita uma campanha para alertar as mulheres e a sociedade sobre o risco e a prevenção do câncer de mama. Essa iniciativa foi criada no início dos anos 90 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, sendo celebrado todos os anos. 

Sabemos que há vários fatores de risco para essa doença — é importante ressaltar que não estamos tentando achar culpados nessa história — aqui são considerados a idade, a genética (já que pode ser hereditário), a história reprodutiva da mulher, os fatores endócrinos e até seu comportamento e ambiente em que vive. 

Porém, uma das atitudes que podem auxiliar na prevenção de doenças é uma dieta equilibrada e rica em nutrientes. 

Conforme uma pesquisa realizada pelo Catalan Institute of Oncology e o Imperial College London, junto com a Organização Mundial da Saúde, foi descoberto que as propriedades inflamatórias dos alimentos como carne, laticínios, açúcar processado, manteiga, margarinas e gordura para fritura aumentavam o risco desse tipo de câncer em 12%. Porém, os vegetais, frutas, legumes, chá e café tem propriedades que são potencialmente atiinflamatórias. 

A professora Carlota Castro-Espin do Catalan Intitute of Oncology e uma das autoras desse estudo relatou em uma comunicação: “A maioria dos estudos que examinam a dieta e o risco de câncer de mama se concentram em nutrientes ou alimentos isolados, em vez de toda a dieta. As pessoas consomem alimentos e não nutrientes, portanto, examinar os padrões gerais da dieta, ao invés de componentes individuais, pode levar a conclusões mais precisas ao analisar associações com um resultado de saúde, como câncer de mama”. 

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Como o estudo sobre o risco de câncer de mama foi conduzido? 

Essa pesquisa foi baseada nos dados do estudo European Investigation Into Cancer and Nutrition (EPIC), que acabou recrutando mais de 500 mil participantes em 10 países europeus a partir dos anos 90. 

Desse número de pessoas, mais de 318 mil eram mulheres, acompanhadas por 14 anos. Nesse tempo, mais de 13 mil foram diagnosticadas com câncer de mama. A dieta desses participantes foi medida por um ano usando questionários de frequência alimentar ou histórico de dieta. 

A partir disso, os pesquisadores calcularam a pontuação inflamatória de cada pessoa, se baseando em 27 alimentos ingeridos. 

Vale dizer que esse risco de câncer de mama, com a causa de uma dieta pró-inflamatória, é mais pronunciado nas mulheres na pré-menopausa. 

A pesquisadora Carlota adicionou na comunicação: “Nossos resultados adicionam mais evidências do papel que os padrões alimentares desempenham na prevenção do câncer de mama. Com a confirmação adicional, essas descobertas podem ajudar a informar as recomendações dietéticas destinadas a reduzir o risco de câncer”. 

No futuro, os pesquisadores também estavam planejando avaliar os padrões dietéticos e o potencial inflamatório da alimentação correlacionando esses fatores com a sobrevivência ao câncer de mama ao analisar os participantes dessa pesquisa. 

Outro hábito saudável que auxilia na prevenção dessa doença 

A alimentação é primordial para um estilo de vida mais saudável, porém, você sabe o que mais é importante? 

Isso mesmo, a atividade física. 

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O Instituto Nacional de Câncer realizou a pesquisa “Número de casos e gastos com câncer de mama no Brasil atribuíveis à alimentação inadequada, excesso de peso e inatividade física”, apresentada em seu webinar.

Esse levantamento considerou diversas situações: má alimentação, excesso de peso, consumo de álcool, inatividade física e o não aleitamento materno, verificando os impactos no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Um fator preocupante é o seguinte: 28% das mulheres em 20 países não perceberam que não praticar atividade física é um fator de risco para o câncer, conforme apontado pelo estudo da União Internacional para o Controle do Câncer em 2020.

Isso tudo mostra a importância de se alimentar de forma correta — e os impactos que os laticínios e carne podem ter no seu corpo — além da necessidade de se exercitar. 

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*Imagem de capa: Pexels

Por Amanda Stucchi em 14 de outubro
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