A Leaft Foods que produz proteína vegetal extraída de folhas verdes, conquistou um investimento de US$ 15 milhões em uma Série A, liderada pela Khosla Ventures, com participações do atleta Steven Adams (jogador de basquete profissional), Ngāi Tahu (investidor indígena), e o ACC por meio de um fundo de impacto climático.
Alice Brooks, da Khosla Ventures, afirmou em uma comunicação: “Na Khosla, nosso objetivo é investir em tecnologias ousadas e impactantes. Estamos empolgados em ser um dos primeiros investidores da Leaft e trabalhar em conjunto com a equipe, pois eles trazem uma nova era da agricultura e uma mudança na maneira como os alimentos sustentáveis são produzidos em escala”.
O valor da rodada será utilizado para investir em pesquisa e desenvolvimento, auxiliar no crescimento da empresa e criar uma cadeia de valor global iniciando nos Estados Unidos.
A empresa agradeceu em sua rede social profissional: “Um enorme obrigado à nossa equipe, apoiadores e aqueles nos bastidores, próximos e distantes, que acreditam que um novo sistema alimentar é possível — aproveitando a proteína mais abundante do planeta, Rubisco de folhas verdes, cultivada em parceria com o meio ambiente”.
Como é a proteína de folhas?
A empresa utiliza as folhas verdes, elementos da natureza que contêm as proteínas Rubisco (considerada a mais abundante do planeta). Porém, como a proteína está presente dentro de uma célula vegetal é complicado as pessoas comerem tantas folhas verdes para adquirirem proteína suficientes.
Dessa forma, a tecnologia da empresa extraí as proteínas das folhas. Algumas vantagens desse alimento são as seguintes: tem sabor neutro e solúvel com perfil de aminoácidos semelhantes ao da carne bovina, a pegada de carbono é menor que a proteína de origem animal, não tem alérgenos conhecidos e pode ser utilizado em vários tipos de formulações.
“Estamos reimaginando como fazemos alimentos e isso pode ser um caminho para descarbonizar rapidamente, permitindo que os agricultores cultivem em parceria com a natureza, criando uma nova abordagem para a agricultura regenerativa”, afirmou a cofundadora Maury Leyland Penno.
A empresa destacou que adotar seu sistema em apenas 20% das terras agrícolas tem a capacidade de reduzir emissões de carbono, beneficiar a saúde do solo e melhorar a produtividade das culturas. Além de apontarem que a produção da proteína rubisco tem uma pegada de carbono 10 vezes menor por hectare do que a proteína de leite tradicional.
“Os maiores animais da natureza — elefantes, búfalos e gado — são todos herbívoros que evoluíram para digerir proteínas nas folhas, especialmente com os dois últimos tendo múltiplos estômagos. Mas enquanto a proteína está presa dentro de uma célula de planta, é difícil para os humanos ingerirem quantidade suficiente de folhas para servir como proteína, quanto mais digerir toda a matéria vegetal”, relatou o cofundador Dr. John Penno.
Sobre a Leaft Foods
A empresa, sediada na Nova Zelândia, foi fundada por John e Maury Leyland Penno no ano de 2019. Atualmente, Ross Milne é o CEO do empreendimento.
Os dois fundadores se depararam com a ideia das proteínas dentro das folhas em um hackathon. Após fazerem experimentos na cozinha de casa e ler informações sobre esse tipo de proteína em literatura, validaram o conceito.
Gostou dessa notícia? Aproveite e leia também:
Empresas de proteínas alternativas conquistaram US$ 5 bilhões em 2021
Proteína feita com ar? Solar Foods levanta € 10 milhões para fábrica
4 Vantagens de investir em startups via Vegan Business
*Imagem de capa dos cofundadores: Divulgação Leaft Foods | Crédito: Jerome Warburton
Compartilhe: