A Solar Foods é uma empresa finlandesa que criou a Solein, proteína feita com ar e eletricidade.  

A novidade é que conseguiram levantar € 10 milhões do Pharmacy Pension Fund para instalar uma fábrica que será a primeira linha de produção comercial dessa proteína inovadora, ali também será o local da nova sede da empresa e de um centro de experiência, onde os visitantes poderão aprender mais como é feito esse elemento. 

Esse novo aporte, elevou o valor do investimento da fábrica para € 35 milhões! O objetivo é concluir a instalação até 2022, com estimativa de produzir comercialmente no primeiro semestre de 2023. 

O investimento também conta com um contrato de aluguel de longo prazo. 

Pasi Vainikka, CEO e cofundador da Solar Foods, falou em um comunicado: “O investimento na propriedade efetivamente libera uma quantidade correspondente de capital para desenvolvermos nossa tecnologia principal, portanto, é uma injeção direta em nossa pista de decolagem […] O Pharmacy Pension Fund tem a herança mais longa de todos os fundos de pensão da Finlândia, o que nos deixa ainda mais entusiasmados por trabalharmos juntos visando 2030 e nossos planos de longo prazo para o futuro dos alimentos”. 

Fábrica da Solar Foods
Imagem: Divulgação Solar Foods

A instalação estará localizada próxima do aeroporto, facilitando o acesso dos visitantes internacionais

A empresa afirmou que a Fábrica 1 estará localizada próxima do aeroporto Helsínquia-Vantaa, com o objetivo de também proporcionar acesso fácil para os visitantes internacionais, ainda, ficará a 20 minutos do centro da capital Helsinque. 

Antti Jäntti, chefe de investimentos imobiliários do Pharmacy Pension Fund, explicou no comunicado: 

“Este projeto combina dois pilares imobiliários: excelente localização e um inquilino com uma visão clara de futuro. Para nós, isso representa uma grande oportunidade de ser o parceiro imobiliário da Solar Foods em seu caminho para se tornar uma empresa líder global em tecnologia de alimentos”.

Como funciona a ciência por trás da proteína feita com ar e eletricidade?

A empresa tem uma base científica forte. 

É um spinoff da VTT Technical Research Center e do programa de pesquisa Lappeenranta University of Technology, tendo sido fundada em 2017. 

Sabendo disso, vamos conhecer mais sobre a ciência por trás dessa proteína? 

Para criar a proteína, a marca utiliza um micróbio e o cultiva através da fermentação, dando como alimento pequenas bolhas de gás carbônico, bem como nitrogênio, cálcio, fósforo e potássio, quando se multiplicam conseguem obter a proteína. Aqui é preciso só de uma fração da água do ar para produzir 1 kg do produto.

A marca afirma que o sabor é neutro, podendo ser aplicado em diversos alimentos e dando a opção de uma fonte de proteína sustentável e vegana, que não depende dos animais e nem das plantas. 

Para esse processo, utiliza a eletricidade proveniente de fontes renováveis e o dióxido de carbono emitido. 

A Solar Foods também colaborou com a Agência Europeia Espacial ESA, com o objetivo de levar o alimento para voos espaciais até Marte. Legal, não é? Ainda, foi uma das premiadas no Deep Space Food Challenge, desafio que busca soluções para alimentar os astronautas. Foi uma das três empresas europeias que ganharam na categoria internacional, recebendo um prêmio de US$ 25 mil pela inovação.

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*Imagem de capa: Divulgação Solar Foods

Por Amanda Stucchi em 18 de fevereiro
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