A Prolific Machines, uma empresa dos EUA sediada em Emeryville, pioneira no uso da luz como ferramenta para cultivar e controlar células na biomanufatura, anunciou que fechou uma rodada de investimento série B1 no valor de US$ 55 milhões.
Esse novo capital ajudará a Prolific Machines a escalar e comercializar sua plataforma de biologia fotomolecular, que promete melhorar significativamente a produção e reduzir os custos de bioprodutos, incluindo carne cultivada, proteínas nutricionais e terapêuticas, produtos farmacêuticos e muito mais.
O Ki Tua Fund liderou a rodada, elevando o investimento total da empresa para US$ 86.5 milhões. O investimento também contou com a participação de investidores anteriores, como Breakthrough Energy Ventures, além de outros investidores alinhados com a missão da empresa, incluindo Mayfield, SOSV, Shorewind Capital, Darco Capital, Conti Ventures e In-Q-Tel (IQT).
Deniz Kent, cofundador e CEO da Prolific Machines, compartilhou: “Comprovamos que podemos controlar com sucesso vários processos celulares usando luz. Isso permite um controle sem precedentes tanto no espaço quanto no tempo, e esse controle é crucial para produzir produtos mais baratos e de maior qualidade. Estou ansioso para ver todas as diferentes formas como nossos parceiros usarão essa tecnologia. Apenas começamos a explorar o que é possível com nossa tecnologia.”
Luz para um controle celular sem precedentes
Fundada em 2020 por Deniz Kent (CEO), Max Huisman (CTO) e Declan Jones (CDO), a Prolific Machines saiu da fase de stealth em 2022, afirmando que estava desenvolvendo uma tecnologia revolucionária para ajudar a carne cultivada a alcançar o mercado de massa. Em 2021, enquanto trabalhava silenciosamente, a empresa captou US$ 42 milhões, liderada pelo investidor Arvind Gupta e a Breakthrough Energy Ventures, fundada por Bill Gates.
A Prolific Machines argumenta que os métodos atuais de biomanufatura para produzir alimentos e ingredientes com células são lentos, caros e imprecisos. Para resolver esse desafio, a empresa da Bay Area desenvolveu uma plataforma que utiliza luz, bioengenharia, hardware e IA para controlar e otimizar o desempenho celular ao longo do tempo.
Cortes inteiros de carne cultivada?
A tecnologia, inspirada na optogenética e desenvolvida nos últimos quatro anos, oferece novas soluções anteriormente consideradas impossíveis ou, como a empresa afirma, “biosoluções nunca antes possíveis”, potencialmente resultando em bioprodutos mais acessíveis e de maior qualidade. De acordo com a empresa, exemplos incluem cortes inteiros de carne cultivada, proteínas nutricionais, anticorpos para tratar doenças e modelos de doenças de alta fidelidade.
Maximilian Hoerner, chefe de optogenética da Prolific Machines, destaca o potencial único de usar optogenética fora dos laboratórios de pesquisa: “Juntei-me à Prolific porque era uma oportunidade única de usar as ferramentas imensamente poderosas da optogenética para trazer novos e superiores bioprodutos à vida em diversas aplicações comerciais.”
A Prolific Machines planeja anunciar novas parcerias, continuar a comercializar sua plataforma nos próximos meses e convida partes interessadas a entrar em contato com sua equipe de parcerias.
Komal Mistry-Mehta, diretora do Ki Tua Fund, comenta: “Inovações revolucionárias como a plataforma de biomanufatura da Prolific Machines não surgem frequentemente — especialmente inovações que têm o potencial de gerar um impacto profundo tanto na saúde humana quanto ambiental em múltiplas indústrias.”
Confira a matéria publicada na vegconomist.
Leia também:
6 bebidas proteicas para aquecer o seu inverno
Bolder Foods apresenta prototótipos “impressionantes” de queijo de micoproteína
Sustentabilidade em foco: Maduu capta R$ 500 mil pela Vegan Business