A Bolder Foods, uma empresa belga que utiliza fermentação de biomassa para produzir alternativas vegetais ao queijo, revelou seus novos protótipos de queijo para investidores e empreendedores em um evento organizado pela Givaudan.

Os queijos são feitos com a nova tecnologia MycoVeg da Bolder Foods, que combina biomassa fúngica com vegetais fermentados. Os provadores elogiaram a cremosidade dos produtos, descrevendo-os como “impressionantes” e “uma aplicação muito promissora de micoproteína”.

Segundo a empresa, os fungos usados no MycoVeg são mais hidrofílicos do que outras micoproteínas, o que significa que eles têm alta capacidade de retenção de água, proporcionando uma textura muito cremosa. A notícia surge após a Bolder Foods ser nomeada semifinalista no FoodTech World Cup 2024, patrocinado pela Givaudan.

Ilana Taub, cofundadora e CEO da Bolder Foods, foi recentemente reconhecida como uma F&A Next Hero of Food & Agtech, em reconhecimento ao potencial da empresa para se tornar uma “verdadeira revolucionária no mundo da alimentação e agricultura”. A empresa foi convidada a se apresentar no palco principal do F&A Next nos dias 22 e 23 de maio, onde também fez uma demonstração de produto. Um dos provadores comentou que o produto era “uma das melhores alternativas de queijo que já provei”, e a empresa despertou interesse de investidores e parceiros em potencial.

“Nossa missão é crucial”

A Bolder Foods lançou o MycoVeg pela primeira vez em janeiro, alegando que o ingrediente poderia oferecer sabores umami, excelentes propriedades funcionais e benefícios nutricionais. O MycoVeg é rico em fibras, uma proteína completa e contém menos açúcar e gordura do que o leite de vaca.

Logo após, a Bolder Foods anunciou que seu primeiro teste corporativo estava em andamento, com mais testes planejados. Recentemente, a empresa revelou que está captando recursos, com Taub utilizando o LinkedIn para contrariar a ideia de que este é “o pior momento possível para arrecadar fundos em food tech”.

“Sim, o mundo está de fato assustador agora — inflação, instabilidade no Oriente Médio, Ucrânia… as incertezas são infinitas. Mas não é exatamente por isso que nossa missão em tecnologia alimentar e climática é tão crucial?” disse ela. “Não estamos aqui apenas para construir negócios; estamos aqui para contribuir para salvar o planeta antes que seja tarde demais. O relógio está correndo. Pior momento? Eu digo: momento perfeito!”

Confira a matéria publicada na vegconomist.

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