Hoje é o Dia Mundial dos Animais, comemorado em 4 de outubro. Por isso, ONGs com atuação no Brasil sugerem que a população comemore essa data especial com pratos sem origem animal ou reduzindo seu consumo de carne, ovos e leite. Afinal, ao escolher um prato sem carne cada pessoa se torna um agente importante na defesa dos animais e do meio ambiente.
1# Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB)
Uma das instituições que estimulam a redução da carne é a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), com a campanha Segunda Sem Carne. Já falamos dela aqui no Vegan Business relatando os impactos positivos.
A organização afirma que se cada pessoa fizesse refeições substituindo a proteína animal pela vegetal no Dia Mundial dos Animais, por exemplo, existiria uma economia de 60 litros de água e minimizaria a emissão de gás carbônico na atmosfera em 11 kg, além de salvar as vidas dos animais.
A diretora-executiva da SVB, Mônica Buava, comentou: “A campanha do Brasil é considerada a maior do mundo. Aderir à Segunda Sem Carne é um primeiro passo muito importante rumo a uma alimentação mais sustentável e saudável”.
Um estudo desse ano realizado pela Brighton and Sussex Medical School (BSMS) e pela Segunda Sem Carne também apontou que mais de 30% dos entrevistados comiam carne quando se cadastraram no site da campanha e, após cinco anos, declararam que mudaram sua alimentação para uma dieta plant-based.
Isso prova que um pequeno passo pode desencadear a mudança para pratos sem origem animal.
2# ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal
Essa organização atua há mais de 20 anos na causa animal e destaca que a mudança nos hábitos alimentares, em curto prazo, transforma o mundo.
Taylison Santos, gerente de campanhas da ONG, relatou: “Com essa mudança, seremos capazes de reverter o sofrimento de milhares de animais explorados pela indústria agropecuária, mitigar os danos ambientais decorrentes de nossos hábitos e assumir a responsabilidade sobre o mundo que deixaremos para as gerações futuras”.
O Fórum Animal alerta que o sistema atual de produção da carne e derivados de origem animal passou dos limites, portanto, defende a disseminação de informações e reflexões sobre o que as pessoas consomem no dia a dia.
Além da crueldade durante a criação, onde vacas, porcos e galinhas são colocados em fazendas lotadas, com instalações que confinam milhares de animais juntos, a produção de carnes, laticínios e ovos requer extensas áreas e o uso maciço de recursos naturais já escassos.
3# Sinergia Animal Brasil
Essa organização internacional atua no Brasil.
A instituição afirma que o desmatamento que afeta a Amazônia e outros biomas ocorre visando a criação de pastos para gado e cultivo de soja e milho (produtos que em vez de alimentar as pessoas, muitas vezes viram ração para animais que serão abatidos pela indústria).
A presidente Carolina Galvani explicou: “A pecuária é uma das principais causas do desmatamento em todos os países com território amazônico e contribui para 80% do desmatamento da floresta”.
4# The Save Movement
A The Save Movement é uma rede global de grupos de ativistas que acredita que as mudanças no prato ajudarão a conter a crise climática.
Recentemente, lançaram o Plant Based Treaty, esse é um tratado que incentiva as dietas à base de plantas, consideradas mais saudáveis e sustentáveis.
A campanha busca contribuir com a eficácia do Acordo de Paris, firmado em 2015 por diversos países com compromissos para reduzir o aquecimento global, e explica que a produção de carne e derivados de origem animal provoca emissões de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, os três principais gases do efeito estufa.
O Plant Based Treaty quer que líderes negociem um acordo global em torno de três princípios: acabar com a alteração do uso da terra, degradação de ecossistemas ou desmatamento para fins de exploração animal; fazer uma transição ativa dos sistemas agrícolas de base animal para sistemas alimentares estritamente de vegetais e recuperar ecossistemas e reflorestar a terra danificada.
Quem faz parte desse movimento é a ativista mirim brasileira Brunna Sachs, ela é vegana desde os quatro anos.
5# Million Dollar Vegan
A Million Dollar Vegan é uma organização que incentiva os líderes mundiais a darem exemplo e mostrarem como a adoção de uma dieta vegana pode proteger a saúde, beneficiar a sociedade, o planeta e os animais.
Isabel Siano, gerente de campanhas da Million Dollar Vegan, falou: “Todos nós precisamos ser o exemplo das mudanças que queremos ver no mundo. Se queremos proteger a Amazônia, precisamos parar de financiar a indústria que mais desmata no nosso país. Se lutamos por um sistema alimentar com modelos de trabalho justo, não dá para apoiar a indústria que mais teve casos de trabalho escravo no país entre 1995 e 2020”.
Ela também acrescentou: “Também não dá para proteger os animais e financiar a indústria que mais destrói os habitats naturais dos animais selvagens e que mais causa sofrimento aos animais que o ser humano domesticou. Cabe a nós fazer parte dessa mudança com escolhas mais justas para a nossa sociedade, o meio ambiente e os animais”.
Para isso, a organização disponibiliza guias gratuitos com dicas e orientações para iniciantes na alimentação vegana, trazendo receitas e informações sobre os benefícios à saúde, para o planeta, para nossa sociedade e para os animais. Em seu site, a Million Dollar Vegan convida quem ama os animais e quer se tornar um anjo da guarda deles a experimentar uma alimentação vegetal por 31 dias e descobrir o veganismo.
Gostou de conhecer essas instituições que estimulam a escolha de pratos sem origem animal? Aproveite e leia também:
10 motivos para se tornar vegano hoje
ONG lança campanha para prevenir novas pandemias
Instituições que trabalham para preservar as árvores
*Imagem de capa: Pexels
Compartilhe: