A startup Geneus Biotech, localizada na Holanda, desenvolveu uma pele de animal feita com células. Esse novo produto se chama Furoid, porém, ainda não está disponível no mercado.
Dessa forma, os animais não sofrem no processo cruel de retirada de suas peles e o material também é mais sustentável.
Além disso, a marca afirma que seu produto é hipoalergênico (ao contrário de algumas peles com origem animal). Legal, não é?
“A cada ano milhões de animais sofrem desnecessariamente e são mortos para atender às necessidades da indústria da moda”, declara a empresa.
Além das peles, a Geneus Biotech também está criando lã utilizando sua tecnologia.
Como funciona o processo de criação da pele de animal feita com células?
Achou inovador e quer entender melhor como essa tecnologia funciona? Vamos te explicar.
O processo é bem parecido com o utilizado para criar a carne cultivada.
Nele, se cultivam células troncos de animais utilizados nessa indústria em solução para crescimento. Depois, o produto é impresso em uma impressora 3D em um biomaterial.
O pelo da pele cresce em um folículo, sendo que o curtimento e tingimento também ocorrem em um nível celular. Apesar disso, o produto ainda está sendo aprimorado.
Conforme a CEO da companhia, Maria Zakurnaeva, explicou para a Innovation Origins é esperado que o produto seja vegano. Para isso, os folículos capilares do pelo são implementados em colágeno (criado com biotecnologia) — não em couro — e a empresa também deseja encontrar uma solução que não utiliza o soro fetal bovino para nutrir as células.
Sobre a Geneus Biotech
A Geneus Biotech desenvolveu o Furoid, mas também criou outras soluções: hairoid (aplicações baseadas em células para o cabelo humano), bem como caviar e ovos cultivados.
A marca também pretende levantar fundos para utilizar em seus planos de crescimento, e tem o objetivo de uma rodada seed de € 2,5 milhões para auxiliar no lançamento de sua tecnologia Furoid.
Indústria de pele
Já falamos aqui no Vegan Business que algumas marcas já estão parando de utilizar peles de animais.
Um exemplo é a Canada Goose, marca de luxo canadense, que anunciou que não irá mais usar peles de animais em seus casacos e deixará de utilizar esse material antes do final de 2022.
Além disso, Israel foi o primeiro país a proibir a venda de peles (considerando comércio, importação e exportação), as exceções para essa proibição é a utilização em pesquisas, educação e tradições religiosas.
Essa lei entrará em vigor em dezembro (foi decretada em 9 de junho com o prazo de seis meses).
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*Imagem de capa: Unsplash