A Oatly Group AB, líder mundial em bebidas à base de aveia, confirmou o encerramento de sua unidade de fabricação em Singapura como parte de uma estratégia contínua para aprimorar sua cadeia de suprimentos. Essa decisão está alinhada com a abordagem asset-light da empresa, que busca aumentar a eficiência operacional, reduzir investimentos de capital e simplificar os processos produtivos.
A fábrica de Singapura, que operava no segmento Europa & Internacional da Oatly, será desativada em um esforço para consolidar sua rede de produção na Ásia. Após o fechamento, a demanda crescente no mercado da Ásia-Pacífico será atendida pelas unidades de produção europeias da empresa, medida que deve aumentar a utilização das capacidades dessas instalações.
O CEO da Oatly, Jean-Christophe Flatin, destacou os avanços recentes na cadeia de suprimentos da companhia. Segundo ele, o fechamento da planta em Singapura é mais um passo para fortalecer a eficiência obtida nos últimos anos. “Nossas equipes de cadeia de suprimentos fizeram grandes progressos na melhoria da utilização, eficiência e confiabilidade. Isso nos ajudou a aumentar as taxas de serviço e melhorar as margens brutas”, afirmou Flatin.
Ele também mencionou que a separação do negócio da Grande China do restante das operações asiáticas contribuiu para maior competitividade e desempenho na região.
Foco nas instalações europeias
A decisão ocorre após a Oatly cancelar os planos para uma grande fábrica no Reino Unido, que seria uma das maiores do mundo para produção de laticínios veganos. A empresa tem direcionado esforços para fortalecer seus ativos existentes na Europa, medida que já contribuiu para um crescimento de 9,6% na receita no terceiro trimestre de 2024.
Flatin enfatizou que o encerramento da unidade em Singapura é um movimento estratégico para ajustar a capacidade de produção às necessidades, mantendo a eficiência de custos. “A simplificação contínua de nossas operações nos permitirá focar na execução de nossa estratégia para um crescimento consistente e lucrativo”, declarou. Ele também agradeceu à equipe de Singapura pelas contribuições ao longo dos anos.
O fechamento da fábrica resultará em encargos contábeis entre US$ 20 milhões e US$ 25 milhões, que serão registrados no quarto trimestre de 2024. Além disso, os custos de reestruturação e encerramento estão estimados entre US$ 25 milhões e US$ 30 milhões, com saídas de caixa previstas até 2027. Parte desses custos será compensada pela venda de equipamentos da unidade.
Mais detalhes sobre o impacto financeiro do fechamento serão divulgados durante a chamada de resultados do quarto trimestre, programada para o início de 2025.
Confira a matéria publicada no vegconomist.
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