A New School Foods, produtora de frutos do mar plant-based, anuncia que levantou US$ 12 milhões em financiamento inicial para sua tecnologia proprietária e escalável que pode produzir salmão plant-based “cru”.
A partir de 2023, a empresa lançará seu salmão plant-based inteiro por meio de um programa piloto exclusivo para chefs na América do Norte.
De acordo com a New School, a indústria geral de proteína alternativa ainda não aproveitou totalmente sua maior oportunidade: cortes inteiros, que representam a maioria das vendas de carne na América do Norte. Além disso, a New School observa que cortes inteiros envolvem desafios estruturais complexos, como textura, tecido conjuntivo, fibras musculares e outras macroestruturas.
Indústria de salmão plant-based
Para resolver isso, o CEO da New School Foods, Christopher Bryson, investiu em projetos acadêmicos de P&D com as principais universidades de ciência de alimentos. Por meio de seu trabalho, Bryson identificou uma plataforma escalável capaz de fornecer vários “primeiros” para a indústria de alternativas à carne:
1 – Fibras musculares plant-based: replica o diâmetro, comprimento, força e estrutura das fibras musculares dos peixes para fornecer a mesma textura e sensação na boca.
2 – Scaffolding inteiro: filés que combinam fibras musculares alinhadas direcionalmente com tecido conjuntivo vegetal, gorduras, cores e sabores.
3 – Cru a Cozido: embora os frutos do mar plant-based sejam pré-cozidos, a tecnologia cria um filé que começa cru e se transforma.
4 – Escalável por design: o processo usa equipamentos para uso de indústrias adjacentes, o que oferece uma capacidade superior de escalar globalmente.
Próxima obstáculo
“A próxima fronteira de alternativas à carne são cortes inteiros e, desde o primeiro dia, entendemos que a New School Foods precisava resolver duas questões fortemente conectadas: a qualidade das alternativas à carne no mercado e o kit de ferramentas limitado que nossa indústria usa para produzi-las, ” disse Chris Bryson, CEO e fundador da New School Foods. “O que geralmente está disponível para os consumidores agora são produtos emborrachados, moídos e pré-cozidos que não convencerão o cliente médio a mudar seus hábitos ao longo da vida.”
Enquanto os métodos de produção mais estabelecidos, usam altas temperaturas para pré-cozinhar e desnaturar as proteínas, a tecnologia usa uma série de processos a frio. É importante ressaltar que esses processados geram um produto “cru” e mantém a experiência de cozimento o mais próximo possível do salmão comum.
Lançamento do restaurante
Em 2023, a startup planeja estrear seu salmão em vários restaurantes por meio de um programa piloto exclusivo para chefs. Os chefs interessados em ingressar podem se inscrever hoje em newschoolfoods.co.
A princípio, a New School planeja usar o investimento de US$ 12 milhões para expandir sua equipe, dimensionar sua tecnologia e construir uma instalação de P&D. A rodada foi liderada por Lever VC, Blue Horizon, Hatch, Good Startup, Alwyn Capital, Joyance Partners e incluiu doações da Protein Industry Canada e outras agências.
De acordo com Nick Cooney, sócio geral da Lever Ventures: “Investimos na New School Foods porque eles reconheceram que as tecnologias de produção existentes na indústria de carne à base de vegetais são insuficientes para criar um produto integral que os consumidores realmente desejam comer. Sua tecnologia é diferente de tudo na indústria em termos de imitar a textura e a experiência de cozinhar e comer cortes inteiros de carne.”
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Imagem ilustrativa de capa: Divulgação New School Foods