A Mycel, startup sul-coreana de biomateriais de micélio e spin-off do Hyundai Motor Group, levantou US$ 10 milhões em uma rodada pré-Série A, com o apoio de investidores que incluíram Spring Camp, We Ventures, Stone Bridge, Korea Development Bank, Industrial Bank of Korea e ZER0 1NE 2 Fund (fundo zero 1 da Hyundai Motor). 

O negócio, fundado em 2020, foi criado por Sungjin Sah (CEO), Yunggon Park (CSO) e Sungwon Kim (COO), ex-funcionários da empresa de indústria automotiva. 

Mycel: planos da marca de biomateriais de micélio 

O empreendimento utilizará o valor para abrir uma fábrica em seu país e contratar mais equipe, dobrando o seu número de funcionários. 

Com sua tecnologia, a empresa consegue produzir produtos voltados para o couro do carro, vestuário e acessórios, bem como aplicação em cosméticos. 

“Nossa missão é estimular a imaginação diversificada de nossos clientes através de nossa tecnologia e, junto com nossos consumidores, dar um grande passo em direção à transição para um sistema renovável sustentável”, comentou a empresa em sua página.

Um dos planos da empresa, conforme apontou o TechCrunch, é comercializar seu couro a base de micélio em Cingapura no ano de 2023. Ademais, também foi informado que a empresa está realizando negociações com marcas de cosméticos para co-criar produtos com couro de micélio e ingredientes.

Conforme um relatório do MarketsandMarkets, o mercado de couro alternativo de base biológica deverá atingir US$ 868 milhões até 2026, crescendo a um CAGR de 6,1%. 

Aqui foi considerado as seguintes fontes do material: cogumelo, abacaxi, restos de frutas (maçãs e uvas), cortiça, bem como outros produtos como milho, casca de coco, palma e cacto. Já as aplicações foram divididas em calçados, vestuários e acessórios, entre outros setores, por exemplo, automotivo e móveis. Esses produtos são considerados mais sustentáveis do que o couro de origem animal, além de priorizam o bem-estar de seres vivos.

Considerando o uso final desse produto, o setor de calçados foi a primeira indústria que mais utiliza esses materiais, seguida pela de vestuário e acessórios.

Outras empresas que trabalham no setor de materiais de micélio 

Já existem outras empresas que trabalham com esse material, por exemplo: 

  • MycoWorks (EUA) – empresa de biotecnologia que levantou esse ano US$ 125 milhões em uma rodada da Série C.
  • Magical Mushrooms (Inglaterra) – startup que produz embalagem de micélio. 
  • Bolt Threads (EUA) – empreendimento de soluções de materiais com a alternativa de couro Mylo™. 
  • Ecovative (EUA) – utiliza o micélio para atender os mercados de couro, beleza, embalagem, espuma e comida. 

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*Imagem de capa: Divulgação Mycel 

Por Amanda Stucchi em 17 de agosto
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