O mercado de laticínios plant-based está em expansão! Conforme o Fact.MR, está previsto que o setor atinja US$ 32 bilhões até o final de 2031, crescendo a um CAGR de 11% durante o período (2021-2031). O estudo considerou os produtos de leite, manteiga, sobremesas congeladas, cremes, queijo e iogurte.
Mercado de laticínios plant-based
Fatores que impulsionam o mercado incluem: aumento de pessoas que adotam um estilo de vida vegano, crescimento de casos de intolerância à lactose, preocupações com o colesterol e hormônios de crescimento no leite de origem animal, levando a uma adoção pensando nos benefícios nutricionais.
Outro ponto são as preocupações ambientais, já que os laticínios plant-based são considerados mais sustentáveis do que os produtos animais, bem como a maior demanda por alimentos mais saudáveis de rótulo limpo, produtos funcionais e aumento de substitutos de proteínas.
“A demanda é especialmente alta por leite plant-based devido ao aumento nos casos de intolerância à lactose e à conscientização sobre os altos benefícios nutricionais do leite à base de plantas. Subsequentemente, espera-se que a adoção de estratégias de marketing eficazes para aumentar a conscientização sobre produtos à base de plantas e seus benefícios para a saúde aumente as vendas de produtos lácteos plant-based durante o período de avaliação”, comentou a empresa de pesquisa de mercado em um comunicado.
Pensando em um produto específico, o leite de amêndoas deverá crescer a um CAGR de 14,2% durante o período de previsão (2021-2031), tendo registrado vendas de US$ 6,5 bilhões em 2020.
Análise regional
Os principais países cobertos foram: Estados Unidos, Canadá, Austrália, Alemanha, França, Espanha, Itália, Reino Unido, Rússia, China, Japão, Coreia do Sul, Índia, Brasil, Argentina, México, África do Sul e países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC).
O estudo deu informações sobre os Estados Unidos, país que deverá crescer a um CAGR de 10%. Os motivos para o aumento da demanda envolvem sensibilidade aos laticínios, intolerância à lactose e também alergias devido ao consumo do leite de origem animal. Já a China também apresentará crescimento no setor durante o período, devido ao aumento populacional e de renda. Além disso, foi destacado que a Índia deverá ser um mercado lucrativo pensando no leite plant-based.
Principais players do setor
As principais empresas estudadas pelo relatório foram:
- Danone SA.
- Lactalis
- Arla Foods
- Chobani
- General Mills
- Saputo
- Unilever
- Kraft Heinz
- Nestlé
- Bel Group
- Muller
- The Hain Celestial Group, Inc.
- Sahmyook Foods.
- Sanitarium Health and Wellbeing Company.
- Axiom Foods, Inc.
- Daiya Foods Inc.
- Earth’s Own Food Company, Inc.
Vale destacar que nem todas as empresas são 100% plant-based, porém, podem ter marcas, linhas ou produtos que se enquadram nessa definição. Podemos exemplificar isso com a Danone, empresa que adquiriu a marca WhiteWave Foods – voltada para leite plant-based – pelo valor de US$ 12,5 bilhões.
“Os principais players estão adotando novas estratégias, incluindo estratégias de marketing de ponta, desenvolvimentos de tecnologia, fusões e aquisições para melhorar sua participação no mercado”, apontou a Fact.MR.
Situação brasileira
Agora vamos falar mais sobre a situação do Brasil!
Pensando no leite plant-based (produzido com arroz, grãos, castanhas e sementes), o produto deverá atingir o valor de mercado de R$ 1 bilhão em 2025 no país, conforme apontou uma pesquisa da Tetra Pak. Para ter uma ideia, em 2021 o setor foi avaliado em R$ 435 milhões.
Podemos citar algumas empresas que atuam no setor de laticínios plant-based no Brasil, como as seguintes: Purifica (marca de leites vegetais que captou R$ 375 mil pela Vegan Business), NoMoo (queijos e produtos cremosos vegetais), Novah! (empresa de queijos e cheesecakes de castanha de caju que conquistou R$ 600 mil pela Vegan Business), Fresco (iogurtes e spreads plant-based), entre outras empresas.
Para ter uma ideia, um estudo do Euromonitor também apontou que o consumo de alimentos plant-based no Brasil cresceu quase 70% em cinco anos, enquanto em 2015 o faturamento era de US$ 48,8 milhões, passou a ser de US$ 82,8 milhões em 2020. Portanto, podemos perceber que os brasileiros estão consumindo mais produtos vegetais.
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*Imagem ilustrativa de capa: Unsplash