A Stämm Biotech, localizada em Buenos Aires, levantou US$ 17 milhões em uma rodada da Série A para continuar a desenvolver biorreatores de impressão 3D do tamanho de desktops. 

A rodada foi liderada pela Varana Capital, com participações da New Abundance, Vista, Serenity Traders, Trillian, Teramips, Decarbonization Consortium, Draper Associates, SOSV’s IndieBio, VistaEnergy, Grid Exponential, Dragones VC e Cygnus Draper. 

O cofundador e sócio-gerente da Varana Capital, Philip Broenniman, falou em um comunicado: “Com esta mais recente captação de recursos, nós, juntamente com os outros investidores, estamos entusiasmados por fazer parte da missão da Stämm de descentralizar a indústria de biotecnologia, digitalizar a biofabricação em nuvem e permitir o acesso democratizado a produtos de biotecnologia”. 

O valor será utilizado para continuar a desenvolver o biorreator de impressão 3D, auxiliar a empresa a se preparar para a comercialização da tecnologia, desenvolver mais as parcerias biofarmacêuticas em escala piloto, aumentar a equipe, aprimorar a estrutura operacional e, ainda, aprofundar sua presença internacional. 

Até o momento a Stämm Biotech já conseguiu levantar US$ 20 milhões em toda sua história. 

Mais detalhes sobre os biorreatores do tamanho de desktops 

Vamos falar mais sobre o biorreator da Stämm Biotech? 

O biorreator é uma unidade de desktop plug & play que é tudo em um e funciona com um fluxo contínuo, unidirecional e laminar. É afirmado que produz colheitas diárias e mantém as células com a eficiência máxima. 

Ainda, possui três dispositivos microfluídicos: linha celular em chip (para fornecer um fluxo constante de células), biorreator em um chip (é usado para facilitar a calibração de parâmetros como o PH, meio de cultura, entre outros, em tempo real), bem como um microbiorreator 3D impresso com biomateriais porosos, feito por microcanais que guiam as células em um fluxo contínuo e unidirecional, para permitir a mistura entre elas e a reprodução contínua. 

Um dos diferenciais é que o biorreator geralmente é um tanque muito grande, nele, as células são agitadas utilizando um instrumento motorizado. Portanto, com o novo biorreator da empresa são eliminadas a necessidade do tanque, agitação e dos tubos. 

A empresa ainda afirmou que o produto traz uma redução de 200 vezes no tamanho em comparação com instalações tradicionais de biotecnologia, possui um volume de processamento entre 100 e 400 vezes dependendo da cultura celular e tem um aumento estimado em produtividade de 70 vezes. 

O cofundador Yuyo Llamazares Vegh explicou ao TechCrunch que a Stämm Biotech já tem cinco novos parceiros em potencial, além disso, o plano é atingir a escala piloto em 2022. É informado que no momento as parcerias são a principal métrica de sucesso para a empresa, já que desejam interagir com o maior número possível de parceiros e compreender como o produto desenvolvido pode auxiliá-los ainda mais. 

Sobre a Stämm Biotech 

“A Stämm é uma empresa de biotecnologia dedicada a tornar a biofabricação fácil, escalável e repetível”, afirmou a página da instituição

Seus fundadores são Yuyo Llamazares Vegh (CEO) e Frederico D’Alvia Vegh (COO). O objetivo da empresa é descentralizar os bioprocessos e democratizar o acesso aos produtos biotecnológicos, dessa forma, liberando seus parceiros para focar em descobertas disruptivas que impactam a vida das pessoas. 

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*Imagem de capa: Divulgação Stämm Biotech / via TechCrunch

Por Amanda Stucchi em 14 de março
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