A La Vie é uma startup especializada em carne de porco plant-based, localizada na França, que conseguiu levantar € 25 milhões em uma rodada da Série A. 

O investimento foi liderado pela Seventure Partners, contando com a participação da Partech, Oyster Bay Venture Capital, Capagro, Entrepeneur First e Bleu Capital, bem como investidores anjos de destaque como a Natalie Portman (atriz e produtora),  Thibaud Hug de Larauze (CEO da Back Market), Eirc Melloul (presidente da Oatly), Thomas Plantenga (CEO da Vinted) e Frédéric Mazzella (CEO da BlaBla Car).

Natalie Portman é uma defensora da dieta à base de plantas, desde a leitura do livro Eating Animals de Jonathan Safran Foer’s. Além da La Vie, ela aportou em diversas startups do setor plant-based, como Oatly (leite vegetal), MycoWorks (couro de micélio) e a Bowery Farming (empresa agrícola vertical).

“Esse investimento nos permitirá expandir na velocidade da luz na França, no Reino Unido e na Europa. Além disso, acelerará o programa de inovação para levar produtos ainda mais gostosos aos consumidores”, contou a empresa nas redes sociais. 

O objetivo é expandir nos supermercados em primeiro lugar, conquistando a distribuição em massa na França e na Europa, atualmente a marca já distribui no Carrefour. Depois, pretendem realizar parcerias com grandes cadeias de restaurantes para comercializar seus produtos. Outra meta é lançar mais alimentos inovadores que facilitem a transição alimentar global. 

O investidor anjo Thomas Lodewijk Plantenga, CEO da Vinted, falou em um comunicado: “É essencial mudar para alimentos à base de plantas e estou convencido de que a inovação tecnológica tem um papel fundamental a desempenhar para incentivar os consumidores — mesmo os mais relutantes — a fazer a mudança. A equipe da La Vie criou uma receita deliciosa e uma marca única que tornará a carne à base de plantas tão atraente que será a norma em nossas sociedades”. 

O bacon da startup utiliza uma mistura de proteína de soja, tapioca, konjak, água, sal marinho e vinagre, aromas naturais, colorantes, alginato de sódio e óleo de girassol. 

É informado que — com relação ao bacon de origem animal — possui 33% menos de calorias, 60% menos gordura e 15% mais fibras. Com relação à sustentabilidade, o produto da marca emite 88% menos de CO2, economiza 82% de água, e utiliza 74% menos de terra. 

Prato da La Vie

Imagem: Divulgação La Vie

O mercado das alternativas de bacon 

Os produtos da La Vie são 100% vegetais e adequados para os veganos.

Conforme a Fact.MR o mercado do bacon vegano está crescendo a um CAGR de 12% entre 2021 e 2031. 

Os motivos para essa situação são: aumento da adoção de produtos livres de crueldade, conscientização sobre os direitos dos animais, alergias ao consumo de proteínas de origem animal, maior demanda por alimentos orgânicos, naturais e ecológicos e pela prevenção de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, relacionadas ao consumo do alimento de origem animal. 

Foi afirmado: “Devido aos extensos benefícios para a saúde e propriedades amigas do meio ambiente, os consumidores estão mudando para padrões alimentares plant-based/veganos.

Além disso, conforme a Bloomberg — com dados da Nielsen — as alternativas de bacon quase dobraram em 2020, comparado ao ano de 2019, tendo atingido US$ 267 milhões. 

Bacon da La Vie

Imagem: Divulgação La Vie 

Sobre a startup de carne de porco plant-based

Quer conhecer mais sobre a La Vie? 

A empresa foi fundada por Nicolas Schweitzer e Vincent Poulichet, no ano de 2019. 

O diretor de marketing, Romain Jolivet, disse em um comunicado: “Embora agora conheçamos o impacto da agricultura intensiva em nosso planeta, desenvolvemos uma alternativa preferida por 92% dos consumidores por degustação cega”. 

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*Imagem de capa: Divulgação La Vie 

Por Amanda Stucchi em 19 de janeiro
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