O mercado global de laticínios alternativos está crescendo! 

Conforme o Fortune Business Insights, o setor atingirá US$ 53,97 bilhões até 2028, exibindo um CAGR de 13,30% entre o período de 2021 e 2028. Para ter uma ideia, esse mercado estava avaliado em US$ 19,66 bilhões em 2020. 

O relatório dividiu os produtos por: leite não lácteo, manteiga, queijos, iogurtes, sorvete e outros, bem como pelos ingredientes de soja, amêndoa, coco, aveia e arroz. Além disso, também avaliou as regiões da América do Norte, Europa, Ásia-Pacífico, América do Sul, Oriente Médio e África. 

Algumas questões que fazem esse setor crescer são: aumento do veganismo e a inclinação dos consumidores por uma dieta plant-based, bem como a preocupação com o meio ambiente, já que os setores de laticínios e carnes são os maiores contribuintes para a emissão de gases de efeito estufa, também podendo causar prejuízos ao solo, poluir o ar e causar danos à biodiversidade. 

Ademais, outro fator que impulsiona o mercado é o fato da intolerância a lactose estar crescendo globalmente, ainda, há uma maior percepção de que os itens sem lactose são melhores para a saúde humana. É dito na comunicação: “De acordo com os Institutos Nacionais de Saúde, cerca de 68% da população mundial total herdou a má absorção de lactose. Além disso, 70% a 100% dos adultos do leste asiático são intolerantes à lactose, e a maior parte dessa condição é encontrada entre os adultos em geral”. 

Avaliação regional do mercado de laticínios alternativos 

A maior participação nesse mercado é referente a região da Ásia-Pacífico, com US$ 10,13 bilhões em 2020. É destacado que o mercado é aquecido principalmente pelo número de casos relatados de intolerância à lactose (considerados altos), ainda, existe uma crescente conscientização entre as pessoas para realizarem escolhas alimentares corretas e ter um estilo de vida mais saudável. 

O fator preço também é algo a ser levado em conta: “Como várias nações da região da Ásia-Pacífico ainda estão se desenvolvendo, essas alternativas de laticínios são econômicas para o uso diário em várias residências”. 

Já a América do Norte ocupa o segundo lugar em participação no mercado global, pois a população está bem informada sobre as características negativas do uso de produtos lácteos e as questões ambientais relacionadas a esses produtos. 

Também há mais pessoas mudando suas dietas para o veganismo, por conta da crueldade animal, apesar disso, o relatório informou que há 1 milhão de norte-americanos veganos, sendo referente a 0,5% da população. 

Exemplo de alternativa à base de plantas

O Fortune Business Insights apontou que os principais players estão adotando estratégias para consolidar sua posição no mercado, como lançar produtos com as últimas tendências. 

É dado como exemplo o lançamento do Nesquik plant-based na Europa, em setembro de 2020, o produto é feito com aveia, ervilhas e cacau de origem sustentável, contendo menos açúcar do que as versões tradicionais e sendo certificado pela Vegan Society. 

A Nestlé falou em uma comunicação na época sobre seus produtos à base de plantas: “Todos esses lançamentos salientam o foco crescente da Nestlé em alimentos e bebidas saborosos e autênticos à base de plantas, à medida que os consumidores procuram maneiras diferentes de aproveitar e equilibrar sua ingestão de proteínas e reduzir a pegada ambiental de suas dietas”.

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*Imagem de capa: Pexels

Por Amanda Stucchi em 7 de março
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